Por Danillo Pedrosa

Dezenas de escolas da Zona Oeste se preparam para mais uma Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que ainda não tem data para ser disputada por causa da pandemia do novo coronavírus. Até o último domingo, 173 instituições públicas e particulares da região já haviam feito suas inscrições. Devido à grande procura, elas foram estendidas até o final de junho.

Na OBA, os estudantes precisam realizar uma prova, que é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica, a maioria delas de raciocínio lógico. O exame é divido em quatro níveis, três para alunos do ensino fundamental e um para os do ensino médio, e as medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível. "O objetivo é levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens", afirma João Batista Garcia Canalle, astrônomo da Uerj e coordenador nacional da OBA.

Mostra Brasileira de Foguetes

As escolas que se inscreverem na OBA também podem participar da 14ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que avalia a capacidade dos alunos de construir e lançar foguetes o mais longe possível. O experimento é feito dentro da própria escola.

A competição também é dividida em quatro níveis. No primeiro (1º ao 3º ano do ensino fundamental), os foguetes são construídos com canudos de refrigerantes. No nível 2 (4º ao 5º ano), são usados tubos de papel para realizar o lançamento. Já os alunos do nível 3 precisam construir os foguetes com garrafas pet, usando apenas água e ar comprimido para lançá-los.

Já no ensino médio, o trabalho é mais complexo. Os foguetes também são construídos com garrafas PET, mas os alunos precisam usar combustível químico (vinagre e bicarbonato de sódio) para lançá-los. Aos professores é oferecido, como opcional, um foguete de papel que atinge cerca de 150 metros de alcance horizontal. Os resultados serão obtidos por meio das distâncias medidas ao longo da horizontal entre a base de lançamento e o local de chegada dos foguetes.

Todos os participantes, incluindo professores e diretores, recebem um certificado, e os estudantes que alcançarem os melhores resultados receberão medalhas.

Conhecimento na prática
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Em um trabalho nada convencional para as salas de aula, os estudantes têm a oportunidade de aprender na prática o que costumam ver apenas na teoria. Na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), eles podem observar um exemplo de uma das mais famosas leis da física: a Lei de Ação e Reação, de Isaac Newton.
Os estudantes do ensino médio que conseguirem lançar seus foguetes acima de 90 metros e os do ensino fundamental do nível 3, do sexto ao nono ano, que lançarem acima de 80 metros, serão convidados para a Jornada de Foguetes, evento anual que reúne alunos de todo país em Barra do Piraí, no interior do Rio. 
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A organização da MOBFGO estima que cerca de 200 mil alunos de todo o país participem desta edição do evento, superando os quase 155 mil do ano passado.
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Campo Grande puxa a fila
Bairro mais populoso do Brasil, Campo Grande também lidera com folga a lista de inscrições na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica na Zona Oeste. Das 173 unidades de ensino da região inscritas até ontem, 41 eram do bairro, mais que o dobro de qualquer outro.
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A Barra da Tijuca ocupa a segunda colocação da lista, com 18 escolas participantes, seguida de Santa Cruz e Bangu, empatados, com 17. O Recreio dos Bandeirantes, com 12, ocupa o quarto lugar em número de inscrições.
Outros 26 bairros contam com escolas inscritas: Anil (2), Barra de Guaratiba (1), Cosmos (3), Curicica (4), Freguesia (8), Guaratiba (3), Inhoaíba (5), Itanhangá (1), Jacarepaguá (4), Magalhães Bastos (1), Paciência (1), Padre Miguel (3), Pechincha (4), Pedra de Guaratiba (1), Praça Seca (1), Realengo (4), Santíssimo (2), Senador Camará (1), Senador Vasconcelos (3), Sepetiba (1), Tanque (2), Taquara (6), Vargem Grande (1), Vila Militar (1), Vila Valqueire (5).
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