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Por Bruna Fantti e *Rachel Siston
Um sargento do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) é o dono do Mini Cooper branco que teve o retrovisor e o para-brisa danificados pela médica anestesista Ticyana Azambuja, agredida por cinco homens no sábado, ao se queixar do barulho de uma festa que acontecia, em plena pandemia, próximo a sua casa. A festa de aniversário ocorria ao lado de um quartel do Corpo de Bombeiros.

Um levantamento feito por O DIA aponta que o veículo pertence ao sargento Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro, de 43 anos, e que o seguro por Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) e o licenciamento estão com pendências. Há também três multas não pagas, sendo duas delas por excesso de velocidade, e outra por dirigir utilizando celular. A Polícia Civil apura se ele participou da agressão à médica.

Procurado, o Departamento de Trânsito do Rio (Detran) ainda não informou se o automóvel poderia circular nessas condições. Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da Corporação está apurando o caso e vai dar ao policial o direito de se defender. “Ele vai responder pelo comportamento inadequado e por não pautar a sua conduta na vida civil dentro dos princípios éticos da instituição”, informou a PM. O sargento pode sofrer punição desde uma advertência até a exclusão.

Em uma publicação nas redes sociais, um homem identificado como Cassio Esteves nega a versão dada pela médica. Segundo ele, acontecia na casa a comemoração de um aniversário entre amigos, “muitos já imunes ao vírus”, com som em volume baixo, que acabou às 22h.

“A polícia foi ao local antes disso, porque uma louca pegou um martelo e sem motivo algum, às 17 horas, quebrou o vidro do carro de um dos convidados. Um bem, um carro importado, um dolo com prejuízo simplesmente por intolerância”, relata o homem. O DIA tenta contato com o autor do comentário.
'Você não está sozinha Ticy'
Um protesto pacífico foi marcado para esta quarta-feira (03), às 16h, na Praça Edmundo Rêgo. Em respeito à pandemia, manifestantes planejam levar cartazes e flores para deixar na porta da casa em que acontecia a festa e no quartel de bombeiros, que teriam omitido a agressão. 
*estagiária sob a supervisão de Waleska Borges
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