Por O Dia
Rio - Durante a pandemia da covid-19, a dificuldade na contratação de médicos preocupa as prefeitura do Rio. Na capital, cerca de 25% das vagas para médicos, com salários de até R$ 15,6 mil, ainda não foram preenchidas. Ao todo, a OS abriu vagas para 5.488 profissionais da área da saúde, sendo 1.195 destinadas a médicos.
O processo seletivo contrata profissionais, como pessoas jurídicas, para atuarem no Hospital de Campanha do Riocentro, no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e nos hospitais federais Clementino Fraga Filho e de Bonsucesso, unidades de referência no tratamento da covid-19.
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O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Alexandre Telles, os altos salários oferecidos aos profissionais da área não vai garantir o aumento da procura pelas vagas, e sim melhores condições de trabalho.
"Estão oferecendo contrato como pessoa jurídica, logo não receberemos remuneração caso fiquemos doentes. Não vemos nenhuma preocupação com o médico que está na linha de frente", explica. O presidente afirma que a melhor forma de contratação diante da pandemia seria pelo regime CLT, com mais direitos aos médicos.
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O presidente aponta que, o Rio, os profissionais são contratados no regime CLT, mas, apesar do desconto do valor do INSS todos os meses, não há repasse dos benefícios aos médicos. A SMS informa que o INSS de março e abril foi devidamente pago, e o de maio será pago dentro do prazo legal.
Leitos sem médicos
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Em São Gonçalo, apesar de oferecer salário de R$ 12 mil aos contratados, a falta de procura impede a abertura de leitos nos hospitais Luiz Palmier, em Zé Garoto, e no Franciscano Nossa Senhora das Graças, em Pacheco, unidades especializadas no tratamento da doença.
Segundo a Secretaria de Saúde, seriam necessários pelo menos 50 médicos para a abertura total dos 100 e 70 leitos, respectivamente. Atualmente, o Hospital Luiz Palmier opera com 66, e o Franciscano está com 30. Os profissionais que desejarem trabalhar nas unidades devem entrar em contato com a direção do Luiz Palmier.