Por O Dia
Clarissa Garotinho, pré-candidata à prefeita pelo PROS, afirmou nesta terça-feira (9/6), em live exclusiva do jornal O DIA, que se for eleita vai reabrir os restaurantes populares que estão fechados. Ela disse que eles são um programa social fundamental para que pessoas se alimentem pelo menos uma vez por dia.
A pré-candidata disse que sua prioridade será resgatar a credibilidade da cidade e o orgulho do carioca.
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"Vou trabalhar para o carioca voltar a querer viver no Rio, que tenha orgulho e queria investir".
"Ninguém quer viver numa cidade em que tudo seja um problema. Querem que aquilo que já existe funcione. É preciso ser uma cidade fácil para o cidadão e o contribuinte. O contribuinte não pode se sentir escravo do serviço público", disse, explicando que será necessário reconstruir a rede de proteção social para a população carente. Neste ponto, ela criticou o prefeito Marcelo Crivella por não ter conseguido fazer o que prometeu: cuidar das pessoas.
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Sobre o BRT, ela afirmou que ele já surgiu como uma opção atrasada, já nasceu morta, por não ser um transporte de massa de alta velocidade e capacidade. O município, disse, podia ter optado por ajudar o estado a ampliar a rede de metrô de superfície. "Evidente que agora nós não vamos abandonar".
Ainda sobre transportes, Clarissa disse que vai empoderar o cidadão:
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"Hoje temos um fiscal para cada 80 ônibus. Mas quem usa o ônibus todos os dias pode ser fiscal. Todo mundo tem um celular e pode informar se o ônibus está fora do horário, se está lotado, se está sem ar condicionado".
A entrevista foi conduzida pelo colunista do DIA Sidney Resende e a repórter Bruna Fantti.
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Questionada sobre a prisão de seus pais, os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, e como isso impactou sua vida, Clarissa afirmou que se tratou de uma perseguição política. Argumentou que o pai foi o primeiro a denunciar corrupção no governo Sérgio Cabral. No caso dos pais, disse, a prisão foi feita pela Justiça e Polícia Federal de Campos em acusação de uso político do projeto Cheque Cidadão, mas sem base.
"Foi uma perseguição política. Tanto que eles estão soltos porque a acusação não tinha base. Diferentemente de Sérgio Cabral, que está preso. Isso trouxe sofrimento a nossa família. Agora, você tem duas opções: superar ou deixar virar um fantasma que te aprisiona. Eu escolhi superar. Conheço meus pais. Eles não têm contas no exterior, não têm fazendas, não têm mansão".
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Clarissa prometeu uma gestão com energia, capacidade, trabalho, e sem nenhum rancor ou conchavo político:
"Vai ter candidato do Bolsonaro, candidato do Lula... Eu não venho com conchavo. Garotinho é meu pai, o que é diferente".
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Sobre a necessidade de equilibrar as finanças da prefeitura, Clarissa questionou a gestão da arrecadação no governo Crivella:
"Gosto do Crivella como pessoa, mas a administração não tinha um plano de gestão, integrado. Cada secretário era um prefeito. E aí há um desperdício de recursos".
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Segundo a pré-candidata, ela pretende aumentar a base de arrecadação, o que não significa aumentar impostos. Ela se disse muito preocupada com a situação pós-pandemia da covid-19, quando será necessário gerar empregos rapidamente. E defendeu o combate à corrupção:
"A transparência fecha os ralos da corrupção".
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Clarissa criticou o pré-candidato e ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). 
"Em momentos de estresse, alguns políticos tendem a achar que as pessoas terão o seu senso crítico mais reduzido. E a impressão que eu tenho é que Eduardo Paes pensa dessa forma porque eu vi a entrevista dele e ele se mostrou como se não estivesse respondendo a mais nada, como se não fosse acusado de nada. E agora, na semana passada, o STF manteve contra ele, por unanimidade, a investigação na Lava Jato por corrupção ativa, por lavagem de dinheiro, por evasão de divisas, ou seja, ele fica tratando como se nada estivesse acontecendo", afirmou Clarissa.  
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