Chegada de material apreendido na DHC - Reginaldo Pimenta / Agência O DIA
Chegada de material apreendido na DHCReginaldo Pimenta / Agência O DIA
Por O Dia
Rio - O diretor-geral do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes, disse, na manhã desta quarta-feira, que a Polícia Civil trabalha para solucionar os assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes até o fim deste ano. Nunes, no entanto, não confirmou a existência de uma motivação para as execuções.
"A motivação da morte ainda é objeto de investigação. Nossa meta é finalizar até dezembro de 2020. Se tiver mandante, o mandante vai ser apontado", avisou.
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A declaração foi dada em coletiva de imprensa na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, após a operação que prendeu o militar do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, durante uma ação que investiga as mortes da vereadora de seu motorista. O bombeiro é suspeito de ter participado do sumiço das armas que podem ter sido usadas no duplo homicídio.
"Esse agente público preso tem participação direta nesse evento criminoso. Com essa prisão, chegamos a 65 pessoas presas decorrentes dos desmembramentos da investigação principal. Ainda temos mais alguns inquéritos em andamento que vão levar a outras prisões", apontou Nunes.
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O delegado acrescentou que Maxwell aparentemente não tem renda compatível com o que os bens que tem.
"Ele poderá ser alvo de inquérito sobre lavagem de dinheiro, posteriormente", avisou.
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Perguntado sobre a citação do nome do presidente Jair Bolsonaro por um porteiro do condomínio onde ele e Ronnie Lessa moram, o delegado afirmou que a família Bolsonaro não tem nenhuma participação nos assassinatos.
"Não temos nenhum indício de participação desta família. O porteiro caiu em alguma contradição", assinalou.