Acadêmico da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro é um dos nomes mais respeitados do Jornalismo no país e foi presidente da Biblioteca Nacional - Divulgação / UFFRJ
Acadêmico da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro é um dos nomes mais respeitados do Jornalismo no país e foi presidente da Biblioteca NacionalDivulgação / UFFRJ
Por Beatriz Perez
Rio - Após 42 dias internado, o jornalista Muniz Sodré, de 78 anos, está em casa, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio. Referência no jornalismo, o sociólogo precisou ser entubado por duas vezes no Hospital Quinta D'or, Zona Norte do Rio, para enfrentar uma infecção pelo novo coronavírus. O professor da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) recebeu alta no início da tarde de quinta-feira.
Filha do jornalista, Melissa Cabral diz que o pai está lúcido, lendo e animado. Sodré continuará com acompanhamento médico e realizará sessões de fisioterapia. "Ele está bem, está andando. Está de resguardo e vai se recuperar. Ele é muito ativo. Praticava karatê três vezes por semana", conta a publicitária.
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Sodré precisou ficar entubado no CTI por duas vezes no processo de tratamento. "Ele ficou em estado muito grave. Na semana em que morreu o escritor Sérgio Sant'Anna, no Quinta D'or, ele estava entubado. Foi crítico", lembra Melissa.
O acadêmico da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) é um dos nomes mais respeitados do Jornalismo no país e foi presidente da Biblioteca Nacional, de 2005 a 2011.
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ATUAÇÃO
Com graduação em Direito, mestrado em Sociologia da Informação e Comunicação, doutorado em Ciência da Literatura e pós-doutorado pela Universidade de Sorbonne, na França, Muniz Sodré é professor da UFRJ há mais de 30 anos. Na ECO, o baiano de São Gonçalo dos Campos já exerceu diversas funções de administração acadêmica.
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Sua área de atuação é produção da cultura, tanto em nível industrial, quanto nas expressões de origem popular. É membro do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária (LECC), que pesquisa as questões da comunidade e das possibilidades de uma comunicação alternativa.
O jornalista é membro de várias associações científicas, como a Association Internationale des Sociologues de Langue Française, que tem sede em Toulouse, na França. Também é professor visitante de várias universidades estrangeiras e pesquisador do CNPq.
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Tem mais de 30 livros publicados, sendo o mais recente A Ciência do Comum: notas para o método comunicacional (2014). Algumas de suas obras foram traduzidas em países como Itália, Bélgica, Espanha, Cuba e Argentina.