CORONAVIRUS -  Situação nos transportes e distanciamento social nas ruas hoje. Na foto, a estação de onibus BRT em Madureira.               Estefan Radovicz / Agencia O Dia             CORONAVIRUS,CIDADE,RIO,PANDEMIA,AGROMERACAO - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
CORONAVIRUS - Situação nos transportes e distanciamento social nas ruas hoje. Na foto, a estação de onibus BRT em Madureira. Estefan Radovicz / Agencia O Dia CORONAVIRUS,CIDADE,RIO,PANDEMIA,AGROMERACAOEstefan Radovicz / Agencia O Dia
Por Lucas Cardoso
Rio - Mesmo com a crescente no número de casos de covid-19 na cidade, os cariocas que precisam de transporte coletivo têm passado sufoco para chegar ao seu destino. Com a abertura dos shoppings, o risco de transportes abarrotados de pessoas subiu consideravelmente. Na última sexta-feira, a reportagem de O DIA chegou a flagrar linhas da Zona Oeste e BRTs com passageiros em pé, o que está em desacordo com as regras definidas pela Prefeitura do Rio.

O serviço de ônibus articulados tem sido motivo de queixas da população desde o início da quarentena, com filas longas e passageiros em pé no interior dos coletivos, condição de viagem que está proibida desde o dia 17 de março. Além é claro, da obrigação do uso de máscaras por todos, que só passou a ser regra em abril.
"Eu preciso voltar a trabalhar. Não tenho a opção de ficar em casa, então é isso, ou pagar do meu próprio bolso para pegar um carro de aplicativo. Ficamos em uma condição em que as duas escolhas são difíceis", comenta a vendedora Cintia Cruz, que precisa pegar dois ônibus para chegar ao seu local de trabalho, na Zona Oeste.

Allan Borges, subsecretário de Transportes, explica que as empresas estão obrigadas a operarem com toda sua capacidade para evitar que haja passageiros em pé nos coletivos e BRTs. Ainda segundo ele, nesta semana, por exemplo, por iniciativa do Secretário Municipal de Transportes, Paulo Jobim, houve aumento de dez ônibus na frota da Zona Oeste no trecho que liga os terminais de Santa Cruz até o Alvorada.

O subsecretário da SMTR informou, ainda, que desde o início das ações de contenção à covid-19 foram 1.089 multas, incluindo linhas de BRT e de ônibus convencionais. Lotação foi uma das infrações mais flagradas. Somente nos últimos cinco dias de ações, entre 5 e 12 de junho, 586 multas foram aplicadas. Cada multa por lotação equivale a R$ 924,30.
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Entre as infrações, também consta o descumprimento às regras de sanitarização que previnem contra a covid-19. Segundo Allan, esse ponto é um dos mais cobrados pela secretaria. A desinfecção diária dos ônibus está entre as medidas que a Prefeitura anunciou logo no início da pandemia. "Os veículos que realizam transporte coletivo de passageiros na cidade devem passar por desinfecção antes do início da operação", explicou o subsecretário.

Segundo o BRT-Rio, a frota do transporte já está 100% rodando, mas o controle do acesso de passageiros cabe aos agentes públicos. Em relação a limpeza dos ônibus, o consórcio informou que aumentou sua equipe de terceirizados responsável pela limpeza. "Esse efetivo está focado na assepsia de barras, corrimãos, catracas, validadores e máquinas de autoatendimento nos terminais e estações e também nos articulados que param nos terminais", disse em nota.