De 1.150 leitos da rede federal, só 50 foram abertos, no HFB, em abril - Reprodução
De 1.150 leitos da rede federal, só 50 foram abertos, no HFB, em abrilReprodução
Por O Dia

Durante a pandemia da covid-19, as dificuldades enfrentadas pelos hospitais federais do Rio impactam o atendimento de pacientes com a doença. Vistorias realizadas pelo Sindicato de Médicos do Rio (SinMed), na semana passada, constataram que há cerca de 1.150 leitos ociosos na rede federal. No início de abril, apenas 50 leitos foram abertos, no Hospital Federal de Bonsucesso.

O diretor de Corpo Clínico da unidade, Julio Noronha, conta que o governo federal destinou, a princípio, 170 leitos do HFB para o tratamento da doença, mas até o dia 9 de maio apenas 18 leitos estavam disponíveis. Agora, a unidade opera com cerca de 65 vagas totais, sendo 24 de UTI. Para o diretor, se houvesse a abertura dos leitos ociosos na rede federal, não haveria a necessidade de tantos hospitais de campanha.

"Se todos os leitos tivessem funcionando e houvesse boa interlocução entre governos federal, estadual e municipal, seria necessário abrir apenas um hospital de campanha, porque a rede federal conseguiria absorver boa parte dos pacientes", afirma. Entretanto, mesmo com a utilização de toda a malha de leitos da rede, os profissionais de Saúde têm, ainda, reivindicações referentes às condições de trabalho, acentuadas com a pandemia. 

Procurado, o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre os leitos ociosos até o fechamento desta reportagem.

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