Entrada do hospital de campanha de São Gonçalo - Estefan Radovicz
Entrada do hospital de campanha de São GonçaloEstefan Radovicz
Por O Dia
Rio - Após diversos atrasos e polêmicas envolvendo a construção do Hospital de Campanha de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a unidade é inaugurada nesta quinta-feira, a partir das 15h, mais de um mês depois do cronograma previsto. Esta será a quarta unidade entregue para atendimento a pessoas infectadas pela covid-19.
Os pacientes serão encaminhados ao hospital via sistema de regulação do SUS já na quinta-feira. Inicialmente, o hospital será aberto com 40 leitos, sendo 20 de enfermaria e 20 de UTI, com suporte de 40 respiradores. Quando estiver funcionando com toda a sua capacidade, 200 leitos serão oferecidos, sendo 120 de enfermaria e 80 de UTI.
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O número de leitos abertos, nesse momento, foi estabelecido com base na disponibilidade de medicamentos para iniciar o funcionamento da unidade de forma segura.

"Tivemos que superar várias barreiras até chegar neste momento. O hospital de São Gonçalo é de alta complexidade e dará todo o suporte aos pacientes para que eles venham a ser recuperar do coronavírus", disse o secretário de Saúde, Fernando Ferry.

A gestão do Hospital de Campanha de São Gonçalo ficará a cargo da Fundação Saúde. A entidade assumiu a administração dos hospitais depois que governo do estado suspendeu os contratos firmados com a Organização Social IABAS, que era responsável por todas as unidades de campanha. A próxima unidade a ser entregue será a de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Até o momento, o Governo do Estado entregou três hospitais de campanha: o Lagoa-Barra, no Leblon, e o Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, ambos com 200 leitos cada, construídos e geridos pela Rede D´Or; e o Maracanã, na Zona Norte, com 400 leitos.
Polícia Federal
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Suspeitas sobre as construções de hospitais de campanha no Rio foram alvo da Polícia Federal. A Operação Placebo, que investiga desvios na área da Saúde do estado durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19), levou agentes a vários endereços do Rio e de São Paulo, dentre eles o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), na Zona Sul do Rio, para onde foram enviadas pelo menos cinco viaturas da PF.
De acordo com a investigação, há um esquema de corrupção envolvendo a organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da gestão da Saúde do estado.
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Após a ação da PF, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) abriu um processo de impeachment contra o governador.