Carla Maria dos Santos Hilário tinha 42 anos - Arquivo Pessoal
Carla Maria dos Santos Hilário tinha 42 anosArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - Policiais da 56ª DP (Comendador Soares) prenderam, nesta quinta-feira, o aposentado Marco Antônio Pereira de Melo, de 57 anos. Marco Antônio é suspeito de ter matado a própria esposa, a professora Carla Maria dos Santos Hilário, 42, e esquartejado o corpo dela, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele ainda teria desaparecido com o material.
De acordo com o delegado Marcio Esteves de Jesus, titular da 56ª DP, o pedido de prisão contra o aposentado foi feito após os policiais terem encontrado um pedaço de um tronco humano que pode ser da professora. O material foi achado ontem em um ponto às margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura de Queimados, ainda na Baixada.
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"Tudo leva a crer que seja dela. A coleta do material para exame de DNA foi feita hoje e em alguns dias teremos o resultado em definitivo", conta Esteves.
A suspeita do crime contra Marco Antônio veio à tona assim que a família da professora procurou a distrital na sexta-feira da semana passada. Na ocasião, os parentes contaram que ela não era mais vista há pelo menos quatro dias.
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"Na quinta, ele chegou na casa da família dela, com uma caixa de roupas e uma mala, perguntando por ela. Ele disse que os dois haviam brigado na segunda e que ela tinha fugido de casa", afirma o delegado.
Ainda segundo Esteves, os familiares desconfiaram da história e pediram para que o aposentado registrasse o desaparecimento da mulher, o que não foi feito.
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A partir do depoimento da família, a 56ª DP chamou o homem para prestar depoimento, que foi dado no sábado, por cerca de sete horas.
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"Ele foi muito contraditório. Disse que foi buscar a esposa no trabalho na terça e quando chegaram em casa, brigaram. Os dois teriam ido dormir e na manhã do dia seguinte, ela já não estaria mais em casa", o delegado afirma .
O celular da professora foi encontrado com Marco Antônio, que alegou estar com o aparelho porque a esposa teria o atirado contra ele na discussão. O carro da mulher, um Ford Ka branco, que estava na residência do casal, no bairro no bairro K11, também foi estava com o aposentado.
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Durante uma perícia no veículo, os policiais encontraram manchas de sangue humano espalhados em diversas partes, o que reforçou a suspeita sobre o aposentado.
"Começamos a ouvir várias testemunhas, que afirmaram que ele constantemente ameaçava a esposa, dizendo que ele era muito problemático", Esteves acrescenta.
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O delegado conta ainda que o aposentado tem diversas passagens pela polícia por agressão e ameaça contra a esposa. Os dois estavam juntos por cerca de seis anos e têm duas filhas, uma de 4 e outra de 13 anos. Com a prisão do pai, elas estão com família da mãe.
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Apesar de negar o crime, Marco Antônio foi autuado pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver. Por causa da morte da mulher, ele ficou conhecido como o "Monstro do K11" por moradores da região. 
"Ele sempre nega tudo, de forma muito fria. A gente acredita que ele cometeu o crime porque ficou sabendo que a mulher iria se separar dele e achar que não encontraríamos o corpo dela, e que a impunidade iria prevalecer", finaliza o delegado.