Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na Bahia - Reprodução
Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na BahiaReprodução
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - Preso nesta quinta em Atibaia, São Paulo, Fabrício Queiroz estava sem advogado desde dezembro do ano passado, quando Paulo Klein deixou sua defesa. Neste mês, contudo, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro contratou Paulo Emílio Catta Preta, experiente defensor de Brasília que atuou recentemente para Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano do Rio morto em fevereiro. 'Capitão Adriano', como era conhecido, também tem ligação com o esquema de rachadinha no gabinete do filho de Jair Bolsonaro.

Catta Preta está no Rio, na cadeia de Benfica, onde Queiroz ficará preso. Eles conversam pessoalmente, pela primeira vez, no início desta tarde. "A família me procurou no início do mês, estava preocupada por ele estar sem advogado", explicou o advogado ao Estadão, pouco antes de Queiroz chegar ao local.

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Senador Flávio Bolsonaro Marcos Oliveira / Agência Senado
Miliciano foi morto no dia 9 de fevereiro na Bahia Reprodução
Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na Bahia Divulgação
Fabrício Queiroz Reprodução
Flávio com seu ex-assessor da época da Alerj Fabrício Queiroz: possível esquema de 'rachadinhas' Reprodução / Arquivo
Flavio: suposto esquema de "rachadinha" (devolução de parte dos salários) está sendo investigado Edilson Rodrigues
Senador Flavio Bolsonaro Reprodução
Flávio Bolsonaro Márcio Mercante / Agência O Dia
Flávio Bolsonaro em entrevista ao SBT Reprodução TV
Senador Flávio Bolsonaro teria sido investigado por crime eleitoral em relação à declaração de bens Reprodução / Record TV
Queiroz trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerl Arquivo Pessoal
Fabrício Queiroz e presidente Jair Bolsonaro Reprodução / Instagram
Queiroz, com a mulher: silêncio Reprodução / Facebook


O defensor ainda não estudou a fundo os autos do caso, que desde 2018 é tocado pelo Ministério Público do Rio.

Miliciano morto tinha relação com Queiroz e Flávio

Adriano foi morto em fevereiro deste ano pela polícia da Bahia, no município de Esplanada. Era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escritório do Crime, grupo de pistoleiros da milícia na zona oeste da capital fluminense. Quando ainda era policial militar - chegou a ser capitão do BOPE -, Adriano trabalhou com Queiroz no batalhão de Jacarepaguá, também na zona oeste. Ele respondem juntos a um homicídio registrado como "auto de resistência".

No caso da rachadinha, Adriano está ligado a Flávio por meio da mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher, Danielle da Nóbrega. Em mensagens de WhatsApp obtidas no âmbito da investigação sobre a milícia, o Ministério Público do Rio constatou que Adriano se beneficiava do esquema na Alerj. Ele afirmou à ex-esposa que "também contava" com o que vinha do dinheiro da Assembleia.