Paulo Emílio Catta Preta em Benfica - Reprodução
Paulo Emílio Catta Preta em BenficaReprodução
Por O Dia
Rio - O advogado Paulo Emílio Catta Preta esteve na cadeia de Benfica, na Zona Norte, onde Fabrício Queiroz, preso nesta quinta em Atibaia, São Paulo, ficará preso. Em conversa com jornalistas, ele informou que o investigado se sentia ameaçado desde a época da revelação do esquema de "rachadinha" – que funcionaria no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando o político foi deputado estadual. Queiroz foi levado para a cadeia de Benfica mas, por questões de segurança, irá cumprir o isolamento social durante 14 dias no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu.
"Ele não especificou (as ameaças). Ele falou que se sentia ameaçado desde a época da revelação do caso. Ele se sentia constrangido, ameaçado, via carros em locais esperando e observando eles. É um sentimento, não sei em que medida isso aconteceu", disse. Questionado sobre de quem poderia partir as ameças, o advogado não soube dizer. Confira o vídeo:
Publicidade
Publicidade
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi capturado em Atibaia, no interior de São Paulo, por agentes do Ministério Público e da Polícia Civil, na Operação Anjo. O PM reformado chegou ao Rio, no início da tarde. Ele veio de helicóptero da capital paulista, que pousou no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, por volta das 12h10.
Ainda segundo Catta Preta, o investigado informou que ia para São Paulo por conta do tratamento médico. "Ele disse que ia para São Paulo com alguma frequência, desde a primeira cirurgia e, agora mais recente, fez a segunda para fins de tratamento médico. Ele disse que ia esporadicamente, não que lá estivesse". Sobre a declaração de vizinhos informando que ele morava na casa há um ano, o advogado respondeu ser necessário ouvir os vizinhos. "O que ele me falou é que ele ia lá esporadicamente para fazer esse tratamento", completou.
Publicidade
A investigação
Além do esquema de "Rachadinha" na Alerj, Fabrício Queiroz também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados. Ele virou alvo do MPRJ após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
Publicidade
Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas. Em dezembro, Queiroz e outros ex-assessores de Flávio já haviam sido alvos de uma operação de cumprimento de busca e apreensão do Ministério Público do Rio.