Por O Dia
 A pré-candidata do PT à prefeitura do Rio, deputada federal Benedita da Silva, afirmou em live exclusiva do DIA que empregos e saúde serão as prioridades de seu governo, se for eleita. Diante da pandemia da covid-19, ela disse que serão necessárias ações emergenciais para revitalização da cidade e a geração de trabalho.
Benedita informou ainda que a cultura será um dos braços de inclusão e empregabilidade:
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"Nos governos Dilma e Lula, a cultura era quase 6% do PIB. Ela devolve porque produz, emprega e gera identidade. O teatro, a música, a dança, o cinema desenvolvem a economia. E a cultura ainda dá alegria. Neste momento de pandemia, quando estamos em casa, o que é que nos acompanha? A cultura".
Ela citou também como fundamental o apoio a pequenos e microempresários em comunidades:
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"Vejam os armazéns da Rocinha, do Dona Marta... é a economia solidária. Se não incluirmos os pobres e os negros, nada vai acontecer".
"É preciso um estudo da economia da cidade. A prefeitura está endividada. Assistimos à falta de ação para a criação de empregos na Zona Oeste. Precisamos de uma prefeitura que seja de toda a cidade". E, mais adiante, afirmou: "Vamos discutir política públicas para toda a cidade. Precisamos da sua contribuição [da população].
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Outro ponto da entrevista foi a questão da segurança e como o município pode atuar:
"A violência se dá porque não há harmonia entre as esferas de governo. É preciso qualificar a nossa juventude, que está morrendo, está abandonada. Não foi criada uma situação de inclusão, que envolva ensino, trabalho e lazer. O papel do município é de polícia social".
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Para ela, é necessário um projeto de segurança que envolva o social, e que não diferencie as áreas da cidade: "Não pode ter um policiamento para o pobre e outro policiamento para o rico. Temos que tratar todo o Rio com carinho", disse a pré-candidata, que também defendeu a polícia: "Policial é gente, tem família, morre".
"A violência contra nossas comunidade é terrível. Precisamos de uma política pública correta. O racismo é uma violência. Veja o que aconteceu nos Estados Unidos [a morte de George Floyd, um homem negro, por um policial branco, e os protestos que se seguiram]. Isso acontece no Rio. Não basta dizer "não sou racista", é necessário dizer "sou antirracista. Não podemos continuar a matar os negros e negras das comunidades. Precisamos ser olhados como gente".
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Questionada se um sentimento anti-petista de parte da população e a cobrança de autocrítica, depois dos escândalos do mensalão e do petrolão envolvendo o partido, podem prejudicar sua candidatura, Benedita afirmou que o PT é questionado e fiscalizado, então essa autocrítica é sempre feita.
"Estou pronta a responder a qualquer momento. Somos o maior partido de esqueda da América Latina. Provamos que sabemos governar. E só deixamos de governar por causa de um golpe [o impeachment da presidente Dilma Rousseff]. Nada se provou contra Dilma. Agora, o tempo é o senhor da verdade. Dialogar é o caminho".
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Sobre a situação financeira do município, Benedita afirmou que a dívida de R$ 4 bilhões na atual gestão é fruto da expectativa de arrecadação que não veio por causa da crise e de gestão, agravada pela pandemia.
"O prefeito não cumpriu o seu compromisso de cuidar das pessoas".
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"Vamos gerenciar recursos, cortar o que não estiver compactuado. Mas a Saúde é a prioridade. Ele [Marcelo Crivella] demitiu muita gente. Vamos precisar rever o orçamento e definir ações de curto, médio e longo prazos. Não sabemos ainda o que a pandemia vai exigir dos cofres públicos".
A preocupação com as escolas também foi externada pela pré-candidata. Ela falou que os professores precisam ser bem remunerados, que a cidade precisa de mais creches e que não basta abrir novas escolas, sem garantir a qualidade e a liberdade do ensino". 
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