Por O Dia
O empresário Paulo Marinho, do PSDB, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou em live exclusiva do DIA que suas prioridades, se eleito, serão "empregos, empregos, empregos". Ele se referiu a uma frase do ex-prefeito e pré-candidado do DEM, Eduardo Paes, quando entrevistado em live do DIA, que definiu as prioridades como "saúde, saúde, saúde". De acordo com Paulo, quando há empregos, há saúde. O empresário não retira a saúde de sua lista de urgências, explicou, mas afirmou que revitalizar o emprego no Rio, no cenário de pós-pandemia, será fundamental para recuperar a cidade. Ele aposta em trazer a inciativa privada - micros, pequenos, médios e grandes empresários - para ajudar nessa reconstrução.
Perguntado se a crise política nacional vai interferir na eleição e na futura gestão de um prefeito, afirmou:
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"Toda crise política piora a situação econômica. Investidores internacionais olham, além do retorno que terão, a segurança jurídica", e completou dizendo que a instabilidade gerada pelo governo Bolsonaro torna os investidores refratários.
Paulo participou ativamente da campanha presidencial de Bolsonaro, mas depois se afastou. Há cerca de um mês, deu entrevista à "Folha de S.Paulo" sobre a pressão do governo para interferir na Polícia Federal. Marinho disse ainda ao jornal que Flavio Bolsonaro o procurou depois do segundo turno e disse que teve conhecimento prévio da Operação Furna da Onça, que atingiria Fabrício Queiroz, funcionário de seu gabinete. A operação investigava a chamada "rachadinha", quando parte do salário de um funcionário de um gabiente é entregue ao parlamentar.
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Questionado por que decidiu concorrer ao cargo majoritário, Paulo respondeu:
"Nunca fez parte dos meus planos pessoais". Explicou que o candidato seria seu amigo Gustavo Bebianno, morto de enfarte, aos 56 anos, no começo do ano. Bebianno integrara o núcleo dura da campanha e fora ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Jair Bolsonaro, mas deixou o cargo um mês e meio depois da posse, em conflito com o clã presidencial. "Bebianno morreu de tristeza e melancolia", disse Paulo, acrescentando que o amigo foi alvo de um processo de tentativa de destruição de reputação.
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Convocado por lideranças do PSDB, Paulo aceitou o desafio de substituir quem chamou de "quase um irmão, que amava o Rio e estava preparado para a missão".
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"Hoje, estou muito animado. Vivo no Rio desde que nasci. Meus filhos nasceram aqui. Minha neta vai nascer aqui. Eu amo o Rio", garantindo que vai levar para a campanha uma mensagem e a experiência do PSDB em gerir cidades, estados e o país.
Paulo enfatizou as qualidades do PSDB, que tem quadros, disse, com experiência. Assim, se eleito, ele afirmou que poderá trazer os melhores, não só da política-partidária, que dão governabilidade, mas também pessoas que encontrará no Rio dispostas a trabalhar pela revitalização.
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 Ao se referir à saúde, uma de suas urgências, Paulo criticou a construção de hospitais de campanha para enfrentar a pandemia, quando o dinheiro poderia ter se investido nos hospitais já existentes. Também comentou as investigações sobre corrupção no âmbito do projeto:
"Os problemas apontados de corrupção são gravíssimos na saúde. Em qualquer situação. Agora, durante uma pandemia, não há palavra para definir uma pessoa [que faça isso]".
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O pré-candidato se mostrou entusiasmado com o turismo como um caminho para a empregabilidade e a revitalização do Rio.
"Deus caprichou quando fez o Rio. A beleza que é a Baía de Guanabara, o Corcovado e o Pão de Açúcar emociona qualquer um".
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Ele também falou sobre a questão de segurança pública e da ausência do poder público nas comunidades. Para o pré-candidato, parte da Guarda Municipal, um grupo de elite, terá que usar armamento. Nesse ponto, ele elogiou o governador Wilson Witzel porque, disse, no último ano e meio nunca viu tanta polícia na rua.
Armar parte da Guarda Municipal, ou do que chamou de "uma Polícia Municipal", ajudará em sua opinião a dar uma percepção mais respeitosa da população a seu trabalho".
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Ao falar das comunidades, Paulo lembrou que em 1986 fez parte da campanha do então candidato Moreira Franco. Já eleito, mas ainda não empossado, Moreira, Paulo e o senador Ulysses Guimarães fizeram um voo de helicóptero até Petrópolis, que tinha sido castigada pelas chuvas. Na volta, sobrevoaram favelas e ele ficou impressionado com o tamanho das comunidades.
"Isso foi em 1986. Hoje, a questão é zero zero um na agenda" de qualquer pessoa que tiver a responsabilidade de gerar a cidade. "É uma questão que precisa ser enfrentada. Investir recursos e atenção nas comunidades", e falou na necessidade da cultura da ordem pública.
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Ele ainda destacou a necessida de revitalização do Centro do Rio. Segundo afirmou, conversou recentemente com executivos de duas multinacionais que afirmaram que, passada a pandemia, manterão 50% dos funcionários em home office. Paulo disse que a revisão do Plano Diretor do Rio em 2021 é uma oportunidade para, ocupando esses espaços vazios que surgirão no Centro, transformá-los em unidades residências de baixa custo, com imóveis de 50 ou 70 metros quadrados, para, por exemplo, jovens casais.