Rio - Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a University College London, no Reino Unido, desenvolveram um novo protocolo para sequenciamento genético do novo coronavírus (SARS-CoV-2).  

De acordo com a instituição, a metodologia oferece ampla cobertura de todo o genoma do vírus e reduz falhas que podem ocorrer no processo. Além disso, permite sequenciar o genoma completo do patógeno diretamente em amostras de pacientes, sem a necessidade de procedimentos de isolamento viral. 

O instituto disse ainda que a técnica também pode ser usada para o sequenciamento de até 96 genomas ao mesmo tempo, em uma mesma corrida de sequenciamento, o que torna o novo método mais rápido e mais barato. O protocolo está disponível gratuitamente online e pode ser replicado por laboratórios nacionais e internacionais.

Para validação do novo protocolo, os especialistas decodificaram 18 genomas completos do novo coronavírus referentes a amostras de pacientes de seis estados: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina.

“A filogeografia aponta claramente para múltiplas introduções. Considerando as amostras recém-sequenciadas, observamos que são semelhantes a genomas do vírus descritos na Europa, América do Norte e Oceania, o que aponta possíveis rotas de entrada”, aponta a pesquisadora Paola Cristina Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC/Fiocruz, responsável pelo desenvolvimento do protocolo.