Publicado 04/06/2020 15:22 | Atualizado 04/06/2020 15:41
Rio - A Prefeitura do Rio realizou uma coletiva na tarde desta quinta-feira no Riocentro, onde negou que exista uma liberação de massa do comércio ambulante na cidade. De acordo com o prefeito Marcelo Crivella, mais de 10 mil estão cadastrados como ambulantes legais. “Temos problemas dos ambulantes legais que vivem do pão nosso de cada dia, se eles não tiverem condições de vender... Outro dia, um rapaz disse que prefere morrer de covid-19 do que ver a família morrer de fome. Ok, mas dentro da regra de ouro, temos que vigiar. Se tem bagunça, vamos fechar”, afirma Crivella.
Para Eduardo Furtado, coordenador de controle urbano da Secretaria Municipal de Fazenda, as medidas de proteção são mais restritivas do comercio ambulante do que as que existiam.
“Os ambulantes que estavam autorizados para trabalhar nessas áreas parques e praça, nesse momento agora não vão poder trabalhar. A temática sobre a grande liberação do comércio ambulante não é de fato. Tem uma restrição maior, acreditamos que os ambulantes que são do decreto 47.282 e com as restrições do decreto 47.488, apenas 40% dos ambulantes autorizados na cidade do Rio pode voltar a trabalhar. O esforço do consorcio da Vigilância Sanitária, da Fazenda, da Ordem Publica, da Guarda Municipal, das suas operações diárias, vem garantindo que o comércio ambulante não autorizado não funcione em nenhuma área, e apenas os autorizados possam atuar”, explica.
Segundo Furtado, grande parte do comércio ambulante é justamente composto por pessoas que estão em situação de risco. “Faz parte da Lei do Comercio Ambulante, ser acima de 60/65 anos, ter algumas comorbidades. Muitos não estavam funcionando e não vão funcionar por estar no grupo de risco. Não houve nenhuma liberação de massa para ter contraponto com comercio formal”, insiste.
No encontro com a imprensa, Alexandre Campos, assessor especial da Casa Civil e do Gabinete de Crise da Prefeitura, dá um panorama da situação da saúde da capital. “Temos na cidade do rio pela oferta da rede municipal, 1250 leitos abertos, funcionando. Pela oferta da rede 1.005 de clinica medica e 245 de UTI. Esses leitos estão abertos nos hospitais de campanha, 100% de clinica médica. A ocupação médica na cidade do rio é de 55%, e ocupação de leitos de UTI de 88%”, explica ele.
“Tivemos em maio 2674 altas hospitalares de pacientes que chegaram e foram internados por covid-19, confirmados ou suspeitos e 866 em abril. O que totaliza Total 3540 altas de pacientes internados. Agradeço cada médico, enfermeiro e fisioterapeuta que ajudou nesse processo. Temos na rede de atenção primaria 27 mil pessoas recuperadas nessa rede. Mostra que estamos capazes de lutar contra a pandemia. Dos internados hoje temos 1743 na rede, 671 em UTIs, entubados 432, a regulação tem oito pacientes na clínica médica e 23 no CTI. Temos vagas adicionais para todos esses pacientes. Então, hoje estamos nas mesmas considerações anteriores, considerando fila zero esperando apenas esses pacientes chegarem aos hospitais”, comemora Campos.
O prefeito Crivella ainda justificou a retomada das atividades. “Senão o afastamento social vai causar mais dano do que benefício”, explica o mandatário. “Estamos há 70 dias parados. Se olhar os óbitos, estamos com outras pessoas, com mais morbidade do que coronavírus. Não posso continuar prolongando. Você que está em casa, pode pensar: ‘Ah, não quero ir porque posso pegar coronavírus'. O taxi.rio está testando seus motoristas e está estabelecendo um protocolo com a Comlurb de desinfecção do carro por dentro. Se você quiser ir de táxi ao Miguel ou Souza o qual for, chame o taxi.rio e tem ate 40% de desconto, temos 30 mil trabalhando. Você vai ter o taxista imunizado com o selo 'Xô, corona', para você voltar ao tratamento”, avisa Crivella.
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