Projeto Constituição na Escola já doou mais de 400 tablets para alunos da rede pública de ensinoFotos de Divulgação/FELIPE NEVES
Por Maria Clara Matturo*
Publicado 07/06/2020 00:00 | Atualizado 09/06/2020 16:51
Rio - Em clima de solidariedade, campanha doa tablets e notebooks para alunos da rede pública.
Com cinco dias de campanha no Rio, a ONG Projeto Constituição na Escola já arrecadou 70 tablets, que inicialmente serão distribuídos em sete escolas. Os alunos, das instituições que foram apontadas pela Secretaria Estadual de Educação, devem começar a receber as doações no próximo final de semana.

A campanha, que já passou por São Paulo e Salvador, pretende ajudar alunos que não tem acesso às aulas online, durante a pandemia. "A maioria das famílias são de baixa renda e não tem equipamento para essas crianças estudarem. Então criamos essa campanha pelas redes sociais, arrecadamos computadores e tablets usados, e também dinheiro para comprar novos", explicou Felipe Neves, o advogado que criou o Projeto Constituição nas Escolas e foi homenageado em 2017 pelo Prêmio Innovare.

No Rio, a distribuição de tablets deve começar no próximo final de semana, e inicialmente deve ajudar nas sete escolas que foram apontadas pelo governo, pelo grau de necessidade. Entre elas, estão o Ciep Professor Waldick Pereira, em Nova Iguaçu e os Cieps José Lins do Rego e Doutor Oscar Pimenta, em São João de Meriti. Aqueles que quiserem ajudar, podem doar tablets e notebooks usados, ou, qualquer valor em dinheiro, entrando em contato pelo email contato@constituicaonasescolas.com.br.

Além dessa campanha de doação, o Projeto Constituição na Escola atende 115 escolas públicas, de São Paulo, Salvador, e em breve Rio de Janeiro. Felipe contou que a ideia nasceu da vontade de transmitir o conhecimento que adquiriu na faculdade: "atualmente estamos ensinando para mais de 35 mil alunos por semestre, sobre direitos básicos, administração pública e funcionamento das leis". A ONG, que é a maior do ramo educativo no Brasil, também promove olimpíadas de conhecimento, onde os alunos podem sair premiados com itens de tecnologia e bolsas de estudo. "É uma transformação muito legal. Muitos alunos que tiveram aulas com a gente acabaram cursando direito", reforçou Felipe.
*Estagiária sob supervisão de Bete Nogueira