Publicado 18/06/2020 09:30 | Atualizado 18/06/2020 09:32
São Paulo - O local onde o PM reformado Fabrício Queiroz foi preso, na manhã desta quinta-feira, uma casa do advogado Frederick Wasseff, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, era monitorada pela Polícia Civil paulista há pelo menos 10 dias.
O delegado responsável pelo caso contou à TV Globo que os policiais precisaram arrombar o portão e a porta da residência. No período em que o imóvel foi monitorado, os agentes desconfiaram da movimentação no local, que estaria, teoricamente, vazio.
Queiroz não saiu da casa em nenhum momento ao longo dos 10 dias. Ele não resistiu à prisão, mas afirmou estar muito doente.
Além de prender o PM, os oficiais também apreenderam dois aparelhos de celular que estavam com o ex-assessor e documentos que eram guardados por ele no local, segundo a revista Veja.
Preso, Queiroz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde fez exame de corpo de delito. Em seguida, ele foi encaminhado à sede da Polícia Civil do estado. Ele deve ser encaminhado ao Rio ainda hoje.
A prisão do PM faz parte da Operação Anjo, que investiga diversos repasses ilegais na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na época em que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) era deputado estadual. A ação também cumpre medidas contra o servidor do Parlamento fluminense Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da Casa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
Frederick Wasseff é advogado de Flávio Bolsonaro na investigação do caso da "rachadinha" na Alerj. O Ministério Público do Rio (MPRJ) apura desvios que chegam a R$ 1,2 milhão em verbas parlamentares no período em que Queiroz trabalhava para o filho de Jair Bolsonaro.
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