Sem autorização da Secretaria Municipal de Transporte (SMTR), a linha de ônibus Troncal 2, administrada pelo consórcio Intersul, foi retirada de circulação. Moradores do Bairro de Fátima, no Centro do Rio, denunciaram o sumiço do ônibus que fazia o itinerário General Osório-Rodoviária.
"Chego a gastar R$ 21 de passagem, dependendo do lugar da Zona Sul que preciso ir, porque o ônibus simplesmente não passa", se queixou a instrumentadora cirúrgica Danielle Pereira. A moradora identificou a falta da linha enquanto aguardava por ele. "Em uma das minhas idas a trabalho para a Zona Sul aguardei por muito tempo e fiquei sabendo, no ponto, que o ônibus não estava passando", completou.
A analista de relacionamento internacional Carla Abraão reforçou os problemas: "nunca foi um serviço maravilhoso, mas piorou demais. Já tinham tirado linhas como o 464 e o 433, que faziam um trajeto parecido, para colocar o Troncal 2, agora nem essa opção temos mais".
O deputado Dionísio Lins, do PP, é presidente da Comissão de Transporte da Alerj e informou que vai encaminhar, nesta quarta-feira, um requerimento de informações ao presidente da Fetranspor e a Rio Ônibus questionando o motivo do péssimo atendimento prestado aos moradores do bairro. "Os usuários não podem pagar esse preço, ficando dependente da boa vontade das empresas que fazem o que querem. Isso é um verdadeiro absurdo", declarou Dionísio.
Além disso, o presidente da Comissão de Transportes da Alerj também garantiu que vai enviar um ofício para as secretarias estadual e municipal de Transportes, solicitando que intensifique a fiscalização para evitar essas situações.
Em nota, a SMTR constatou a inoperância da linha Troncal 2 e informou que " o consórcio Intersul, responsável pela operação, foi autuado por suspender o serviço sem autorização da secretaria".
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