Material encontrado com o policial militar - Divulgação / Polícia Civil
Material encontrado com o policial militarDivulgação / Polícia Civil
Por RAI AQUINO
Rio - Um PM do 9º BPM (Rocha Miranda) foi preso, no início da manhã desta quinta-feira, durante uma operação conjunta entre os departamentos gerais de Investigação à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e de Homicídio e Proteção a Pessoa (DGHPP) da Polícia Civil. O militar é suspeito de fazer parte de uma milícia que age nos bairros Palhada e Valverde, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele teve sua pistola e celular apreendidos.
Além da prisão policial, que não teve a identificação revelada, os agentes também cumpriram 11 mandados de busca e apreensão na casa de suspeitos de fazerem parte do grupo paramilitar. Contra o PM havia um mandado de prisão preventiva em aberto, que, assim como os demais, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu.
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Material para instalação de TV a cabo encontrado na ação Divulgação / Polícia Civil
Policial preso é do batalhão de Rocha Miranda Reprodução / Google Street View
Material encontrado com o policial militar Divulgação / Polícia Civil
Em um dos locais de busca e apreensão, os policiais também prenderam dois homens em flagrante, um com uma pistola calibre 9 mm e um carregador e o outro com uma pistola e um revólver. No local, também foi encontrado uma grande quantidade de material para instalação de TV a cabo clandestina, além de um caderno com anotações sobre o serviço ilegal prestado.
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De acordo com a Polícia Civil, o PM preso foi indiciado pelo Ministério Público estadual (MPRJ) e vai responder por extorsão e associação criminosa. Os demais membros da quadrilha também são investigados pelos mesmos crimes.
A operação de hoje contou com 80 policiais, que saíram da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em Belford Roxo, para cumprir os mandados.
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Todos os alvos são investigados em ações da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional para reprimir as atividades exercidas pelas milícias que atuam na região e evitar, assim, a ocorrência de homicídios nestes bairros e auxiliar na elucidação de outros crimes já apurados pela DHBF.
A ação contou com a participação da Corregedoria Geral Interna da Policia Militar e do Batalhão de Ações com Cães da Coordenadoria de Operações Especiais da corporação (BAC/COE).
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Procurada pelo DIA, a PM disse que informa que o agente "responderá aos possíveis ilícitos pelos quais for indiciado em processo judicial, sendo respeitado o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório".
"O comando da corporação não compactua com quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes, sendo tais situações averiguadas pelos órgãos correicionais internos e sempre respeitando-se os direitos acima citados", a corporação acrescentou, em nota.