Os furtos de cabos 2020 resultaram em 16 prisões. A área de Inteligência da SuperVia monitora os locais com maior incidência de casos e trabalha junto com as forças policiais na investigação para localizar as quadrilhas que cometem esses crimes.
A SuperVia reforçou que a retirada dos cabos da via pode provocar desde atrasos até a interrupção temporária do tráfego por medida de segurança, uma vez que os trens passam a ser licenciados por rádio e não pelo sistema automático ATP (Automatic Train Protection), equipamento que reforça o sistema de sinalização da via.
Galeria de Fotos
Vandalismos contra os trens
De janeiro a junho de 2020, a SuperVia já contabilizou 58 ocorrências de janelas e visores de porta arrancados durante as viagens; 11 para-brisas danificados por pedradas; duas câmeras de monitoramento vandalizadas; 26 casos pichações/grafitagens e 81 furto de materiais dentro dos trens. Em relação a janelas e para-brisas, quando esses itens vandalizados precisam ser trocados, os trens saem de circulação durante, no mínimo, dois dias para a substituição.
Vandalismos e furtos de álcool em gel 70%
15 tiroteios prejudicaram a circulação
No total, 15 tiroteios nas proximidades da linha férrea afetaram a circulação dos trens no período, a maioria no ramal Saracuruna (10 ocorrências). O registro mais recente foi em 24 de junho, em Cordovil (ramal Saracuruna), onde trens precisaram aguardar ordem de circulação por 11 minutos. Ao todo, foram 9h56m de alterações no sistema.
"Os números mostram que o trem continua sendo uma das principais vítimas da violência do Rio de Janeiro. Operamos um sistema com 270 km de extensão, e por todo esse trecho enfrentamos ações radicais contra o sistema ferroviário, aparentemente sem qualquer motivo. Além dos vandalismos, ainda sofremos com os tiroteios em várias regiões que nos obrigam a parar os trens para evitarmos riscos a passageiros e funcionários. É um desafio diário seguir prestando um serviço de transporte com qualidade nessas condições. Mas somos resilientes, não podemos parar, porque a SuperVia é muito importante para milhares de trabalhadores, estudantes e tantos outros moradores da Região Metropolitana do Rio", explicou Alexandre Jacob, Diretor de Operação e Manutenção da SuperVia.
A SuperVia informou que repudia essas ações e que os agentes de controle da concessionária não têm poder de polícia e são orientados a realizar rondas periódicas e a acionar os órgãos competentes sempre que necessário.