De acordo com o delegado Moyses Santana, este grupo paramilitar é responsável por realizar cobranças indevidas à moradores e comerciantes. "Fazem cobranças de taxas de segurança, extorsões e agiotagem", afirmou.
As investigações da DHBF apontaram que essas taxas de segurança podem variar. Moradores seriam obrigados a pagar uma taxa de R$ 25, enquanto pequenos comerciantes, como barraqueiros, pagam R$ 50 e comércios maiores, como mercados, são obrigados a desembolsar R$ 100.
Os milicianos também atuam diretamente no conjunto habitacional do governo, coagindo quem se nega a pagar pelo serviço ilegal oferecido pelo grupo.
Os paramilitares também marcam o domínio do território na região com pichações. Dizerem como "5.5. Babi Paz" estão escritos em muros e paredes. "Essa sigla 5.5 quer dizer que a comunidade está tranquila", explica o delegado Moyses Santana.
Na ação deste sábado, foram cumpridos mandados de prisão contra Cássio de Souza Lirio, pelo crime de organização criminosa e constituição de milicia privada, e Gabriel Pereira da Rocha, conhecido como Piolho, que é apontado como responsável por um homicídio.
Piolho ainda foi flagrado com uma pistola calibre 380, que estava com a numeração raspada. Adriano Lopes Maria também foi preso em flagrante, por ter sido encontrado com uma pistola, duas granadas, equipamentos táticos, placas de carros e caderno de anotações das cobranças ilegais.