DHBF prende suspeitos de integrar milícia em Belford Roxo  - Divulgação
DHBF prende suspeitos de integrar milícia em Belford Roxo Divulgação
Por Thuany Dossares
Rio - Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, na manhã deste sábado, três homens suspeitos de integrarem uma milícia que atua em Belford Roxo. Cássio de Souza Lirio, Gabriel Pereira da Rocha, o Piolho, e Adriano Lopes Maria foram capturados num condomínio do Minha Casa Minha Vida, no bairro do Babi.

De acordo com o delegado Moyses Santana, este grupo paramilitar é responsável por realizar cobranças indevidas à moradores e comerciantes. "Fazem cobranças de taxas de segurança, extorsões e agiotagem", afirmou.

As investigações da DHBF apontaram que essas taxas de segurança podem variar. Moradores seriam obrigados a pagar uma taxa de R$ 25, enquanto pequenos comerciantes, como barraqueiros, pagam R$ 50 e comércios maiores, como mercados, são obrigados a desembolsar R$ 100.

Os milicianos também atuam diretamente no conjunto habitacional do governo, coagindo quem se nega a pagar pelo serviço ilegal oferecido pelo grupo.

Os paramilitares também marcam o domínio do território na região com pichações. Dizerem como "5.5. Babi Paz" estão escritos em muros e paredes. "Essa sigla 5.5 quer dizer que a comunidade está tranquila", explica o delegado Moyses Santana.
Os paramilitares também marcam o domínio do território na região com pichações nos muros - Divulgação


Na ação deste sábado, foram cumpridos mandados de prisão contra Cássio de Souza Lirio, pelo crime de organização criminosa e constituição de milicia privada, e Gabriel Pereira da Rocha, conhecido como Piolho, que é apontado como responsável por um homicídio.

Piolho ainda foi flagrado com uma pistola calibre 380, que estava com a numeração raspada. Adriano Lopes Maria também foi preso em flagrante, por ter sido encontrado com uma pistola, duas granadas, equipamentos táticos, placas de carros e caderno de anotações das cobranças ilegais. 
Na operação, os policiais apreenderam armas, granadas, placas de veículos e anotações da contabilidade do grupo - Divulgação