Rio, 07/07/2020  - COVID 19 - CORONAVIRUS - Manifestacao dos proficionais do setor de turismo, na porta do Palacio Guanabara. coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Rio, 07/07/2020 - COVID 19 - CORONAVIRUS - Manifestacao dos proficionais do setor de turismo, na porta do Palacio Guanabara. coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O DiaRicardo Cassiano/Agencia O Dia
Por *Rachel Siston
Rio - Representantes da Liga Independente de Guias de Turismo do Rio (Liguia) foram "convidados a se retirar" de uma reunião com a Secretaria de Estado de Turismo e com o assessor jurídico da Casa Civil, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras na Zona Sul. A expectativa do encontro era a regulamentação de Lei que prevê o pagamento de uma renda mínima emergencial aos guias, impedidos de trabalhar desde o início da pandemia de covid-19, por conta do fechamento dos pontos turísticos.

De acordo com o presidente da Liguia, Arnaldo Bichucher, o governo voltou a fazer promessas sobre o benefício e os representantes da Liga disseram que só deixariam a sede do governo com a lei regulamentada, quando foram obrigados a deixar o local com a escolta de seguranças do Palácio.

"A gente está vivendo de promessas não realizadas. Estamos saindo daqui com mais uma promessa de que o governo vai dar uma celeridade no assunto, mas estamos nessa há quatro meses. Celeridade no assunto seria sair daqui com a regulamentação. Infelizmente, não queríamos sair do palácio, mas fomos gentilmente convidados a nos retirar", desabafa o presidente da Liguia.

Segundo ele, ficou definido apenas que as pastas fariam contato ainda nessa terça-feira com a Procuradoria do Estado para tentar agilizar o processo. A lei, sancionada pelo governador Wilson Witzel no dia 4 de junho, que estabelece regulamentação imediata, determina que os guias recebam um salário mínimo estadual durante o período de Calamidade Pública, prorrogável por mais três meses.
Cerca 320 manifestantes se reuniram em frente à sede do governo para reivindicar o pagamento, além de 40 profissionais em Búzios, na Região dos Lagos, e outros 20 em Petrópolis, na Região Serrana. Atualmente, há 4 mil guias no estado. Em contrapartida ao pagamento da renda emergencial, os guias ofereceram visitas guiadas aos alunos e professores da rede estadual de ensino, como forma de prestação de serviço.

"Os guias que vão receber esses recursos se propõem a fazer visitas guiadas à museus, pontos turísticos e históricos, como pagamento em prestação de serviço para a rede estadual de ensino. É uma justificativa do Governo do Estado para o Governo Federal, já que estamos em um regime fiscal diferenciado e uma nova despesa teria que ser explicada", afirmou um dos fundadores da Liguia, André Angulo.
Em nota, o Governo do Estado disse que "reconhece a legitimidade do pleito desses trabalhadores e está buscando soluções, mas lembra que o Rio de Janeiro encontra-se em Regime de Recuperação Fiscal (RRF), com rígidos limites a novas despesas."
*Estagiária sob a supervisão de Thiago Antunes
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