Queiroz, que atuou como assessor e motorista de Flávio Bolsonaro - Reprodução
Queiroz, que atuou como assessor e motorista de Flávio BolsonaroReprodução
Por IG - Último Segundo
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a quebra de sigilo bancário das contas do ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Fabrício Queiroz, e identificou um depósito de R$ 25 mil em dinheiro na conta da esposa do agora senador, Fernanda Bolsonaro. Investigações apontam que o dinheiro foi utilizado para pagar a primeira parcela de um apartamento comprado pelo casal na Zona Sul do Rio.
Publicidade
A quantia foi depositada uma semana antes do casal quitar a primeira parcela da cobertura de um apertamento. Queiroz foi preso no mês passado em um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, pertencente ao ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Atualmente o ex-assessor de Flávio está em prisão domiciliar depois do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, acatar o pedido da defesa.

As transações suspeitas na conta da esposa de Flávio Bolsonaro não cessaram com o depósito de Queiroz. Um outro repasse foi realizado no valor de R$ 12 mil por uma pessoa cuja identidade é mantida sob sigilo. A Promotoria do MP-RJ apurou que semanas antes do casal pagar R$ 110,5 mil de entrada no apartamento, em agosto de 2011, houve uma movimentação intensa na conta de Fernanda Bolsonaro para atingir o valor necessário. O primeiro depósito foi realizado por Fabrício Queiroz no dia 15 daquele mês.

Após Queiroz, a conta da dentista Fernanda Bolsonaro passou a receber depósitos de R$ 74,7 mil de resgate de aplicações em fundos, no dia 17 de agosto, e um novo depósito feito por uma pessoa também sob condições de anonimato no dia 19. Em quatro dias de movimentação, a conta da dentista teve um crédito adicional de R$ 111,7 mil, valor próximo pago na entrada do imóvel.

Este é mais um indício da ligação entre Queiroz e Flávio Bolsonaro, o MP já havia apurado que em outubro de 2018 o ex-assessor parlamentar pagou em dinheiro a mensalidade das filhas do senador em uma agência dentro da Alerj.