Funcionários do Iabas fazem nova manifestação na porta do Hospital de Campanha do Maracanã
Sem salário desde maio, profissionais foram impedidos de entrar na unidade
Por Lucas Cardoso
Rio - Ao coro de palavras de ordem como "Queremos pagamento", "Respeito" e "Fora Witzel", cerca de cem funcionários do Iabas fizeram uma manifestação contra a falta de pagamento e fechamento do hospital de campanha do Maracanã na manhã desta segunda-feira. Segundo denúncias dos profissionais, os funcionários foram proibidos de entrar na unidade e não receberam nenhuma orientação do instituto ou da Fundação Saúde.
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Protesto de funcionários no Hospital de Campanha no Maracanã
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Protesto de funcionários no Hospital de Campanha no Maracanã
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Protesto de funcionários no Hospital de Campanha no Maracanã
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Protesto de funcionários no Hospital de Campanha no Maracanã
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Protesto de funcionários no Hospital de Campanha no Maracanã
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
"É um absurdo o que eles vêm fazendo com a gente. Nos colocamos à frente da luta para salvar vidas numa situação de guerra e agora isso? É um jogo de empurra e nós ficamos sem resposta e sem salários", ser queixou a enfermeira Nilza de Azevedo, 57 anos, que trabalha na unidade desde a abertura, em maio.
A unidade de campanha do Maracanã não recebe pacientes desde a última sexta-feira, quando o Iabas comunicou a suspensão do serviço na unidade. De acordo com profissionais ouvidos pelo DIA, no domingo, o último paciente foi transferido do hospital de campanha sem condições.
Os manifestantes chegaram a fechar duas faixas da Rua Eurico Rabelo, em frente ao hospital de campanha. No bloqueio, os profissionais pediam que os motoristas buzinassem. Parte da população que passava ajudou na manifestação buzinando e um morador do bairro chegou a bater panelas da sua janela.
Moradora de Anchieta, a técnica de enfermagem, Suelen Silva, 30 anos, fala da falta de condições nos últimos dias de plantão. "Se dependesse deles, ficaríamos usando a mesma máscara por quase 15 dias. Pacientes ficaram sem medicamentos porque já não tinha ninguém da farmácia trabalhando", conta.