Sede da companhia foi alvo de mandadosReginaldo Pimenta / Agência O DIA
Por O Dia
Publicado 01/07/2020 06:38 | Atualizado 01/07/2020 10:14
Rio - A Delegacia de Defraudações (DDEF) e o Ministério Público estadual (MPRJ) fazem, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, a Operação Águas Claras, contra fraudes em contratos da Cedae. São 14 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos na sede da empresa, no Centro do Rio, e na casa de ex-dirigentes, servidores e funcionários de uma empresa de engenharia.
De acordo com as investigações, iniciadas há dois anos, as fraudes aconteceram em licitações feitas em 2017 e 2018. O grupo chegou a movimentar cerca de R$ 63 milhões, agindo praticando dispensa de licitações, assim como superfaturamento na aquisição de produtos.
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A empresa envolvida recebia informações privilegiadas de servidores sobre contratos que não precisariam de licitação. Prefeituras do interior do estado também estavam envolvidas no esquema. Um lobista era o responsável pela ligação entre a Cedae e a empresa.
PROPINA EM CARTÃO OU CARRO 
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As investigações apontaram ainda que os servidores recebiam propina para repassar essas informações. Os empresários procuravam os ex-diretores da estatal e, após o pagamento de propina, recebiam as vantagens indevidas. Os pagamentos eram feitos em dinheiro, uso de cartão corporativo ou até mesmo através de aluguel de carro.
Com as buscas feitas hoje, que também conta com a participação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), os agentes pretendem encontrar contratos, telefones e outros documentos que comprovem a ligação fraudulenta entre esses servidores e a empresa.
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Procurada pelo DIA, a Cedae se limitou a dizer que "está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações".