Gilmara da Silva  - Reprodução
Gilmara da Silva Reprodução
Por Beatriz Perez
Rio - A cozinheira Gilmara da Silva, de 45 anos, morta por asfixia mecânica e encontrada no chão da casa onde trabalhava na Freguesia, Zona Oeste do Rio, não relatava problemas de relacionamento com os patrões, um casal de idosos. Ela trabalhava como empregada doméstica no local há cerca de um ano e gostava muito dos patrões, diz a filha mais velha da vítima, Michelle da Silva. 
A estudante de enfermagem conta, no entanto, que durante a pandemia os idosos apresentaram problemas de saúde e, há cerca de dois meses, um enfermeiro passou a trabalhar na casa. A mãe se queixava do comportamento do homem. 
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"Minha mãe não tinha boa relação com ele. Ela se queixava de que ele arrastava móveis, sujava a casa, exigia comer mais do que ela costumava preparar. Ela relatou que os patrões também estavam insatisfeitos. Ela estava com problemas com ele, mas eu imaginava que o máximo que poderia acontecer era ele fazer ela ser demitida. Eu nunca esperava que ela fosse assassinada", diz Michelle.
Gilmara foi encontrada caída no chão da casa em que trabalhava na última quinta-feira. Ela foi levada ao Hospital Cardoso Fontes, na Freguesia. O atestado de óbito aponta que a vítima foi morta no local de trabalho meio-dia por asfixia mecânica. 
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Na quinta-feira, segundo a filha da vítima, estavam no local de trabalho de Gilmara o enfermeiro, a idosa que era sua patroa e seus dois filhos. O idoso havia sido internado na sgeunda-feira por um problema de saúde.
No dia que a família soube do óbito, foram à Delegacia de Homicídios, mas, por conta do horário, apenas o marido, Walter, foi interrogado. Michelle aguarda para ser ouvida. Na própria quinta-feira, o enfermeiro e o casal de filhos dos patrões de Gilmara também foram à delegacia.
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Gilmara deixa duas filhas e o marido. 
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), as investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias da morte. "Os familiares foram ouvidos e diligências estão sendo realizadas", diz a Polícia Civil em nota.  
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A reportagem tenta contato com o enfermeiro e com a família dos patrões de Gilmara. O espaço está aberto para manifestações.