Bóias de contenção foram instaladas para conter óleo de derramamento na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio - Estefan Radovicz/ Agência O DIA
Bóias de contenção foram instaladas para conter óleo de derramamento na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do RioEstefan Radovicz/ Agência O DIA
Por Rachel Siston*

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estima que cerca de dez mil litros de óleo tenham vazado em um rio na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Desde sexta-feira, a presença de uma mancha avermelhada e com forte odor preocupa frequentadores do local.

"Dos dez mil litros de óleo, quatro mil foram recolhidos ontem (segunda-feira). No entanto, como está em meio líquido, foram retirados aproximadamente vinte mil litros, entre resíduo e água oleosa (contaminada)", explicou o instituto.

De acordo com o Inea, a ação emergencial para reter o líquido, que começou na segunda-feira, precisou instalar boias de contenção e absorção. Técnicos do órgão coletaram amostras para determinar o material contaminante. A previsão é de que a operação termine hoje. Para o biólogo Mário Moscatelli, é preciso saber que tipo de óleo atingiu o rio para determinar os riscos ao meio ambiente.

"Se for um óleo que impregna de forma mais intensa nas aves, vai ter um problema mais grave, como intoxicação e até levar a óbito. Se for um óleo menos agressivo, o animal vai ficar sujo, vai criar um incômodo, mas não vai matar. A mesma coisa com os peixes", advertiu. 

Segundo a Fundação Parques e Jardins, nenhum dos lagos do parque foi atingido, porque o óleo ficou concentrado no Rio Cachoeira, que corta a Quinta, mas não entra em contato outros córregos ou lagos. Um biguá e dois patos que ficaram sujos pela substância precisaram ser resgatados e foram encaminhados para a Universidade Santa Úrsula e para o Bio Parque, antigo Rio Zoo, que fica na Quinta da Boa Vista, onde estão sob cuidados. O parque não teve seu funcionamento alterado e segue aberto, diariamente, das 7h às 17h.

A investigação da Prefeitura do Rio se baseia na denúncia de um possível descarte de combustível nas galerias de águas pluviais, por um caminhão-tanque, durante a madrugada. A Patrulha Ambiental solicitou imagens de câmeras de segurança do entorno do parque.

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