
No fim de maio, o promotor eleitoral Alexandre Themístocles, que era responsável pela investigação, pediu o arquivamento do caso. O juiz Flávio Itabaiana, a quem cabia decidir sobre o pedido, discordou da decisão e, em 3 de junho, enviou o caso para a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em Brasília. Ontem, essa Câmara decidiu pela continuidade da investigação. Agora, o caso vai voltar para o Ministério Público do Rio.
É a segunda vez que o MPF impede o arquivamento da investigação. Na primeira, a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio fez o pedido sem realizar diligência e baseada na jurisprudência, mas a 2ª Câmara determinou que a investigação continuasse.
Segundo a denúncia, em 2014, Flávio declarou à Justiça Eleitoral ter um apartamento em Laranjeiras (zona sul) avaliado em R$ 565 mil. Dois anos depois, declarou o mesmo apartamento pelo valor de R$ 423 mil.
A defesa de Flávio afirmou que a decisão do MPF "apenas permitirá a continuação da investigação eleitoral". "Não houve denúncia nem o arquivamento dos autos. Apenas decidiu-se que outro promotor eleitoral deverá presidir a investigação, em razão de o anterior já ter se posicionado pelo arquivamento." Procurado, a Promotoria do Rio não se manifestou até a conclusão desta edição.