Depois de quase um ano sob gestão de um interventor indicado pelo Ministério da Educação, o Cefet/RJ poderá ver a posse do diretor-geral eleito ainda nesta semana. A juíza Geraldine Vital, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, expediu, ontem, liminar que demanda a nomeação e a posse de Maurício Motta na direção-geral da instituição, em caráter de urgência, em um prazo de até 72 horas da publicação.
No texto, a juíza afirma que não houve irregularidade no processo de escolha pela comunidade escolar e destaca a "intervenção indevida do Ministério da Educação na gestão administrativa do Cefet/RJ", ao se negar a nomear o representante eleito pela comunidade e a negligência com o caráter democrático do ensino público.
O professor Maurício Motta foi eleito em 24 de maio de 2019, mas foi impedido de tomar posse porque o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, alegou que não houve lisura no processo eleitoral e concluiu pela "ausência de falta disciplinar do professor eleito". Em 10 de junho, foi publicado Decreto Federal que instituía a posição de um diretor-geral 'pro tempore', ou seja, temporário, que tomou posse no dia 28 de agosto.
A intervenção foi duramente criticada pela comunidade da instituição, que não reconheceu Maurício Aires, o nome indicado por Weintraub, e realizou inúmeras manifestações pela posse de Motta, eleito democraticamente.
Procurado, o Ministério da Educação não respondeu até o fechamento desta reportagem.
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