Walter foi espancado e não teve seus pertences levados: homofobia?Reprodução da internet
Por RENAN SCHUINDT
Publicado 31/08/2020 00:00 | Atualizado 31/08/2020 15:51

A Polícia Civil investiga a morte do sargento da Marinha Walter de Souza Carneiro Leão Junior, de 35 anos, ocorrida no último sábado. Segundo familiares, o militar, que é morador de São Gonçalo, teria sido vítima de espancamento na noite de 23 de agosto. Ele estava em um pagode pouco antes do crime acontecer. O militar chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital Estadual Alberto Torres, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com informações da 74ª DP (Alcântara), as investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias do caso. Agentes realizam diligências em busca de imagens de câmeras de segurança e testemunhas.

Walter deu entrada na unidade em coma, com o quadro de traumatismo craniano, entre outros ferimentos. A vítima, que foi espancada até quase morrer, estava com todos os seus pertences quando uma ambulância do Samu chegou ao local.

"Estamos tentando entender o que aconteceu. Meu irmão não tinha inimigos, era muito querido aqui na região. O que sei é que ele foi comemorar o aniversário de um amigo em um pagode, no bairro da Lagoinha. Ele chegou a publicar uma foto durante o evento. No dia seguinte, a gente teria um compromisso, mas, como ele não apareceu, começamos a procurar. Foi quanto o encontramos no hospital, com traumatismo craniano, em estado grave. Infelizmente, ele não conseguiu responder ao tratamento", contou Sabrina Leão, irmã da vítima.

Ela acredita que o sargento possa ter sido vítima de homofobia. "Nada foi levado. Os pertences, o carro. Ele era homossexual assumido e isso pode ter provocado alguma reação de ódio", completou Sabrina.

Em nota, a direção do Hospital Estadual Alberto Torres informou que o sargento "deu entrada na unidade com traumatismos múltiplos não especificados no dia 24 de agosto e que, por hora, não é possível confirmar suas possíveis causas". 

Também por meio de nota, a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval,
informou que tomou conhecimento sobre fato envolvendo o militar reformado e que se solidariza com a família. Ainda segundo a nota, o assunto não possui vínculo com a Justiça Militar. A Marinha reiterou que "repudia quaisquer atos ilegais contra a vida, a honra e os princípios militares, e que permanecerá auxiliando, no que couber, as investigações".

 

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