Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo - Luciano Belford / Arquivo
Hospital Estadual Alberto Torres, em São GonçaloLuciano Belford / Arquivo
Por Anderson Justino
Rio - Começa a partir do próximo dia 19 a mudança de gestão das unidades de saúde do estado, que são administradas pelas Organizações Sociais (OSs), e passarão a ser geridas pela Fundação Estadual de Saúde (FES). A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo secretário de estado de Saúde Alex Bousquet.

Nessa primeira fase, a FES vai assumir a gestão do Serviço de Atendimento Médico de Emergência (Samu). A princípio a administração ocorre apenas na capital fluminense.

Até o fim do mês a instituição vai passar a conduzir a administração do Hospital Estadual Alberto Torres e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Colubandê, ambas em São Gonçalo, além do Hospital Estadual João Batista Cáffaro, em Itaboraí.

Em dezembro, a fundação assume a gestão do Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio.

“Nós não temos braços para assumir de uma vez só. A FES não está preparada para assumir todas as estruturas da Secretaria de Saúde. Por isso estamos assumindo de forma gradativa”, explicou o secretário Alex Bousquet.

Os funcionários que já prestam serviços para essas unidades serão contratados pela FES. A avaliação do serviço será de 180 dias, segundo Bousquets.

“Foi uma determinação do governador para mudar o modelo de Gestão. A Fundação não era priorizada para assumir a gestão de saúde. Será mais barato e mais econômico para o estado. Mostraremos isso em números”, garantiu.

Algumas unidades de saúde do estado seguem sendo administradas pelas OSs.

UPA DA TIJUCA PODE SER MODELO UNIVERSITÁRIO 

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca pode ser a primeira do estado a ser gerenciada por instituições universitárias. Bousquet revelou que quer iniciar uma parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A ideia é criar modelos dentro do estado.

SALÁRIOS SEGUEM ATRASADOS

Enquanto apresentava o novo modelo de gestão das unidades de saúde do estado o secretário foi surpreendido por funcionários da saúde que invadiram a live para cobrar pelos salários que estão atrasados.

“Estamos sem salário, não temos resposta da direção do Alberto Torres. Lagos Rio (OS), gestão fraca!”, reclamou um dos internautas.

“Os pagamentos dos salários dos meses de julho e agosto estão atrasados. Funcionários estão trabalhando no limite”, expôs outra pessoa.