O uso de máscaras cobrindo boca e nariz tornou-se obrigatório em toda a cidade do Rio de Janeiro - Divulgação/Prefeitura
O uso de máscaras cobrindo boca e nariz tornou-se obrigatório em toda a cidade do Rio de JaneiroDivulgação/Prefeitura
Por O Dia

Mesmo com os especialistas afirmando que o uso da máscara é uma das principais formas de evitar a contaminação pelo novo coronavírus, muitas pessoas já deixaram de utilizar o item. Nem mesmo o decreto que determina seu uso e aplicação de multas para aqueles que não usam a proteção tem surtido efeito.

Entre os dias 5 de junho e 3 de setembro, a Guarda Municipal registrou 6.476 multas sanitárias, sendo 5.200 (80,29%) foram exatamente pela falta do uso de máscaras.

A pesquisadora em saúde do CESS/UFRJ Chrystina Barros explica um possível porquê de os cidadãos irem na contramão das recomendações sanitárias. 

"As pessoas têm se preocupado, mas ao mesmo tempo, tem sinais trocados de diversas lideranças e do próprio poder máximo, do executivo do país, que muitas vezes traz exemplos contrários às orientações das autoridades de saúde. Isso tudo colocado, não conseguiu-se desenvolver nas pessoas através da consciência e educação os bons hábitos que tanto precisamos até que chegue a vacina contra a doença."

Ainda de acordo com a pesquisadora, a continuidade do uso da máscara é fundamental para frear o avanço da covid-19, sendo necessário, dessa forma, o respeito a essa determinação.

"As pessoas aprendem muitas vezes pelo caminho mais difícil, o caminho da dor e da punição. A verdade é que essa pandemia tem nos desgastado muito, porque a própria ciência está aprendendo sobre a doença. No início, falava-se muito na lavagem de mãos e no distanciamento, depois evoluímos para o uso de máscaras, como um recurso para evitar a disseminação da doença, e é essa informação que temos hoje", ressalta.

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