Leitos de UTI - Reprodução
Leitos de UTIReprodução
Por Agência Brasil
Rio - O Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, deu alta nesta segunda-feira a seus dois últimos pacientes e começará a ser desativado nesta terça-feira, segundo a Rede D'or, responsável por sua gestão. A unidade foi montada exclusivamente com recursos privados como parte da resposta à pandemia de covid-19 e atendeu a 621 pacientes.
O lugar atendeu apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e fechará as portas seguindo a programação inicial de funcionar por quatro meses. O hospital foi inaugurado em 11 de maio, em meio ao pico da pandemia e ao atraso na entrega dos sete hospitais de campanha que haviam sido prometidos pelo governo do estado.
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Segundo a Rede D'Or, 90% dos internados que chegaram à unidade precisaram em algum momento de leitos de terapia intensiva. Entre eles, 199 chegaram a ficar no respirador mecânico e 104 precisaram de diálise. Os pacientes atendidos pelo hospital vieram de 27 municípios do Rio de Janeiro, transferidos de 106 unidades públicas de saúde.
Para marcar o fechamento do hospital e homenagear as vítimas da covid-19, profissionais da unidade devem realizar um minuto de silêncio e soltar balões brancos amanhã, quando começará a desativação.
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Devido à alta demanda, o hospital teve o número de leitos de UTI ampliado. Na inauguração, a unidade operava com 150 leitos de enfermaria e 50 de UTI, mas 50 vagas do primeiro grupo precisaram ser readequadas para atender aos casos mais graves.
O investimento privado para montar a unidade foi de R$ 62 milhões, valor que foi investido por um grupo de empresas lideradas pela Rede D'or.
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Com o fechamento do hospital, encerram-se as atividades dos hospitais de campanha construídos pela iniciativa privada no Rio de Janeiro. Em agosto, o Hospital de Campanha do Leblon, na zona sul, também encerrou suas atividades após um período de funcionamento de quatro meses.