Matheus e a filha, de 21 anos - Reprodução / Instagram
Matheus e a filha, de 21 anosReprodução / Instagram
Por O Dia
Rio - O pastor e missionário Matheus Peixe usou suas redes sociais para denunciar um caso de racismo sofrido pela filha de 21 anos por PMs em Nova Friburgo, na Região Serrana. De acordo com ele, a jovem, que é negra, estava na comunidade do Cordoeiro na última quarta-feira quando foi abordada por agentes do batalhão do município (11º BPM) de forma hostil.
Segundo o pastor, os policiais foram bastante agressivos com a filha, chegando, inclusive, a revistá-la. Ela estava com o celular novo que havia acabado de comprar.
Publicidade
"Eles indagavam a ela 'de quem você roubou esse celular?'", ele relatou, emocionado. "Ela teve que abrir conversas para mostrar que não roubou, para mostrar inclusive o pedido (de compra) que eu fiz pela Internet. Foi duvidada do início ao fim a colocação dela".
O missionário, que tem outras duas filhas, afirmou que o aparelho foi comprado "com muito sacrifício" e o pagando em várias parcelas no cartão de crédito. Ele se disse revoltado pelo que aconteceu.
Publicidade

REPERCUSSÃO
Publicidade
Um dia depois de postar o vídeo relatando o caso, Matheus contou que alguns PMs o procuraram. Ele destacou a abordagem de um deles.
"Foi muito educado, prestando inclusive a empatia, o sentimento pelo ocorrido, e dizendo que isso não é uma postura da corporação e me convidando a levar isso a frente, no sentido de trazer a investigação à tona", detalhou.
Publicidade
O pastor contou que fez uma denúncia no batalhão, onde prestou depoimento. Ele espera que o caso de sua filha possa gerar alguma repercussão contra o racismo.
"Quero que com tudo isso, a agente pense sobre a maldade do ser humano. Aqueles caras que fizeram aquela abordagem, que fazem tantas outras em outros lugares, são tão pecadores quanto eu, como você, mas a gente precisa não silenciar diante do mal", defendeu.
Publicidade
 
 
 
 
View this post on Instagram
 
 
 

A post shared by Matheus Peixe (@matheuspeixe) on

APURAÇÃO
Publicidade
Procurada pelo DIA, a Polícia Militar disse que assim que tomou conhecimento dos vídeos, o comando do 11º BPM "determinou imediatamente a instauração de um procedimento para apurar as circunstâncias do fato".
"Assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar esclarece que a corporação, como tem demonstrado ao longo de sua história, não compactua e pune com o máximo rigor desvios de conduta cometidos por seus membros", a entidade acrescentou, em nota.