Entulho, falta d'água e ausência de asfalto são as maiores reclamações dos moradores do bairro da Chatuba, em Mesquita - Fernanda Dias
Entulho, falta d'água e ausência de asfalto são as maiores reclamações dos moradores do bairro da Chatuba, em MesquitaFernanda Dias
Por O Dia
A caçulinha da Baixada Fluminense, Mesquita só conquistou sua emancipação no dia 25 de setembro de 1999. Em 2021, problemas já bastante conhecidos esperam pelo novo prefeito ou pelo atual, Jorge Miranda, caso seja reeleito.
A cidade não tem um hospital de emergência e muitos pacientes precisam buscar atendimento em outros municípios. O antigo hospital São José foi transformado em Clínica de Família, assim como outras unidades foram abertas em bairros da cidade, mas que não suprem a falta de um hospital de grande porte. A Unidade Mista Doutor Mario Bento, no bairro Jacutinga, que em contrato prestaria serviços de saúde da UPA Porte II, nunca funcionou como tal. 
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Outro problema é a falta de água em diversos bairros, principalmente na Chatuba. A geração de emprego também é uma área que precisa de políticas públicas. O município tem apenas oito vagas de trabalho formal para cada 100 habitantes.
O que diz a prefeitura
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Em nota, a prefeitura disse que a cidade possui uma UPA 24h, em Edson Passos, e que o município foca na atenção básica, com seis clínicas da família abertas, e com mais duas com previsão de inaugurar até o fim do ano.
Quanto à Unidade de Saúde Dr. Mário Bento, explicou que no início desta gestão, foi constatado que a unidade estava em péssimas condições e foi preciso fechar a unidade. Durante a reforma, a prefeitura constatou que para funcionar como UPA Tipo II, seria necessário gastar, em média, R$ 1,5 milhão por mês, uma verba que o município não teria condições de custear e por isso investiu no modelo de Clínica da Família, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h.
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Sobre geração de empregos, a prefeitura afirma que a criação do Balcão de Empregos de Mesquita, a desburocratização do processo de abertura de empresas e a redução e até extinção de taxas – trouxeram resultados concretos, como a chegada de novas empresas na cidade.

RAIO X

População: 176.569 habitantes
Densidade demográfica: 4.255,7 hab./km²
Economia: Comércio e serviços
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Perfil dos candidatos
CRIS GÊMEAS (PSD)
Vereadora de Mesquita exerce o segundo mandato na Câmara Municipal, onde é a única representante feminina entre os 12 vereadores da Casa. Graduada em Letras pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Cris é professora de Português e Literatura. "Está chegando a hora de mudarmos de verdade e para melhor a vida dos mesquitenses. Juntos vamos transformar os sonhos em realidade".


DRA. THAY (PSDB)
Thaianna Cristina Barbosa dos Santos é dentista, trabalhou na área da Saúde no governo atual e faz discurso de assumir uma nova política em Mesquita. "A caçulinha da Baixada, é sem dúvidas uma das que tem o maior potencial de crescimento. A população enfrenta os mesmos problemas de geração em geração. Chega de aceitar o mais ou menos para nossa gente".

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JORGE BERNARDES (REDE)
Jornalista e redator, já foi candidato a Deputado Federal no Rio de Janeiro em 2018. "Sou mesquitense indignado de ver as mesmas coisas acontecerem. Percorri vários bairros e vi problemas não resolvidos, gente simples pedindo respeito. É hora de alguém com raiz e coração nesta terra administrar esta cidade. Por isso, tomei a decisão, o maior desafio da minha vida, ser candidato a prefeito de Mesquita".

JORGE MIRANDA (PL)
O atual prefeito tenta reeleição. Foi afastado do cargo em 2017 e 2018 pela Câmara Municipal por causa de um empréstimo sem que os vereadores fossem consultados. A Justiça suspendeu a cassação pois a Prefeitura assinou um termo que permitia a transferência de recursos. Em 2019 mais polêmica: nomeou o irmão Sérgio Renato Miranda como secretário de nove secretarias, alegando enxugamento da estrutura.

VANDINHO DA GRÁFICA (PDT)
Leydervan da Silva Jose, é vereador da cidade de Mesquita e exerce seu primeiro mandato após ser eleito em 2016. Nascido e criado em Mesquita, é designer gráfico e funcionário público há 16 anos. "Não podemos ter um governo que se mostra insensível ao sofrimento do povo mesquitense. Querem transformar Mesquita em uma empresa privada, que pode demitir e reduzir salários para salvar sua economia particular".
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