Publicado 01/09/2020 11:23 | Atualizado 01/09/2020 12:44
Rio - O Ministério Público estadual (MPRJ) vai investigar a possível prática de crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pela montagem e manutenção de um serviço ilegal na porta dos hospitais municipais. A investigação vai ser feita através de um procedimento preparatório criminal, que foi instaurado nesta terça-feira pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPRJ (Subcriminal), com apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim).
Além de associação criminosa e constrangimento ilegal, o Ministério Público vai investigar a existência de crime de responsabilidade por parte do prefeito.
"As possíveis irregularidades cometidas no âmbito da improbidade administrativa serão objeto de análise pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital", o MPRJ disse.
'GUARDIÕES DO CRIVELLA'
De acordo com a TV Globo, funcionários pagos pela prefeitura fariam plantão na porta dos hospitais para impedir o trabalho da imprensa e dificultar denúncias e reclamações de cidadãos cariocas sobre o funcionamento das unidades. Em grupos de WhatsApp, eles se autointitulam Guardiões do Crivella.
Ainda segundo a emissora, os funcionários têm a orientação do gabinete do prefeito e recebem até mais de R$ 4 mil por mês. Eles têm escalas diárias, horários rígidos e são ameaçados de demissão caso descumpram as determinações.
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