ZONA OESTE - HOJE É DIA DE AÇAO Divulgação
Por Maria Clara Matturo*
Publicado 23/09/2020 00:00 | Atualizado 23/09/2020 08:04

Prestes a completar quatro anos de existência, o projeto "Hoje É Dia de Ação" vem fazendo a diferença na vida de muitas famílias carentes da Zona Oeste. Fruto da inspiração do designer gráfico Yuri Torres, de 26 anos, que teve a ideia enquanto conversava com duas amigas, a iniciativa promove festas de Dia das Crianças, distribuição de refeições, campanhas de combate aos impactos da covid-19 e muita solidariedade pelos bairros da região.

Muito mais do que um projeto social, o "Hoje É Dia de Ação" busca promover uma mudança cultural naqueles que são impactados pelas atividades. "O nome 'Hoje É Dia de Ação' não veio por acaso. Estava reunido com duas amigas discutindo sobre política e sociedade, quando chegamos à conclusão de que é muito hipócrita quando falamos mal de algum político, por exemplo, mas furamos a fila da casa de show ou não fazemos nada para mudar o meio em que vivemos. O projeto surgiu para defender que todo dia é dia de agir de alguma forma. Seja um bom dia diferente que você dê, você já vai despertar algo novo na pessoa que receber. Ações grandes começam com passos pequenos, a mudança precisa começar de algum lugar, então que seja da gente", acredita Yuri.

Apesar de as ações acontecerem em diversos locais do Rio, a Zona Oeste, que é o berço da ideia, continua sendo a principal área de atuação do grupo. "Nossa primeira ação foi na Freguesia, onde plantamos algumas árvores. Outra ação recorrente são as visitas para levar doações em um orfanato e um asilo na Taquara. Nossas festas de Dia das Crianças sempre acontecem num sítio, na Pau Ferro, com cerca de 200 crianças e 200 voluntários. Esse ano, por conta da covid-19, nosso evento foi adiado e a necessidade mudou. Durante a pandemia, distribuímos alimentos e itens de higiene para moradores do Canal do Anil e pessoas em situação de rua", relata.

Para colaborar com a iniciativa, basta querer. Pelo Instagram @hojeediadeacao, os interessados em ajudar - tanto financeiramente, quanto socialmente - podem encontrar todas as informações necessárias, além de acompanhar um conteúdo superinteressante que é compartilhado nas redes do projeto.

 

Uma mudança de perspectiva
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Fazer sem esperar nada em troca
Quem quiser, pode colaborar com as ações fazendo doações em dinheiroDivulgação
A política das boas ações foi tão marcante para Yan Esteves, de 26 anos, que fez com que ele entrasse de cabeça no projeto. "Um amigo me contou sobre o projeto quando estávamos num jogo de futebol, ele disse que teria uma festa de Dia das Crianças e me chamou para ajudar. Aquilo me tocou muito porque naquela época eu não tinha o costume de ajudar num projeto sério. Eu ajudei com mais do que eu podia no momento, cheguei nesta festa como voluntário há três anos atrás, foi incrível e eu nunca mais larguei mão disso".
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Para ele, o maior dos impactos que o projeto proporcionou foi a mudança na sua visão sobre o assunto. "O impacto que esse projeto teve na minha vida foi enorme, passei a entender o significado da palavra abnegação. Às vezes a gente faz alguma coisa esperando receber algo em troca, mas fazer sem receber nada é o grande lance, não querer sair como herói. Quando eu entendi isso, isso me marcou e eu passei a ser uma outra pessoa".

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