Publicado 22/09/2020 18:51
Rio - O traficante Elias Pereira da Silva, mais conhecido como Elias Maluco, foi encontrado morto nesta segunda-feira na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. De acordo com informações do site Uol, ele foi encontrado com sinais de enforcamento.
Integrante da facção criminosa Comando Vermelho e considerado líder do tráfico de drogas no Complexo de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, Elias estava preso desde setembro de 2002. Em 2005, ele foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão pela morte do jornalista Tim Lopes.
Além de ser acusado pela morte de dezenas de pessoas, o traficante também tinha uma condenação, em 2013, de 10 anos, sete meses e 15 dias de reclusão por lavagem de dinheiro, segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com Departamento Penitenciário (Depen), a família do criminoso já foi comunicada sobre a morte pelo Serviço Social do Presídio Federal. A Polícia Federal também foi acionada para realizar a perícia.
O Depen não esclareceu as circunstâncias da morte - se o traficante morreu por causa natural ou foi assassinado, por exemplo. Segundo nota emitida pelo órgão federal, o local da morte foi preservado até a chegada da Polícia Federal, responsável pela perícia. A família foi comunicada sobre a morte pelo Serviço Social da penitenciária.
Assassinato de Tim Lopes
Em junho de 2002, a quadrilha liderada por Elias Maluco rendeu e matou Tim Lopes, que fazia uma reportagem sobre abuso de menores em um baile funk na Vila Cruzeiro, favela da zona norte do Rio. O corpo do jornalista foi queimado numa fogueira de pneus. Além de Elias, outras seis pessoas foram condenadas pelo crime.
Em junho de 2002, a quadrilha liderada por Elias Maluco rendeu e matou Tim Lopes, que fazia uma reportagem sobre abuso de menores em um baile funk na Vila Cruzeiro, favela da zona norte do Rio. O corpo do jornalista foi queimado numa fogueira de pneus. Além de Elias, outras seis pessoas foram condenadas pelo crime.
De setembro de 2002 a janeiro de 2007, Elias Maluco ficou preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio). Em 4 de janeiro, ele foi transferido para o presídio federal de Catanduvas, junto com 11 outros chefes das facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando. O grupo foi acusado de planejar a queima de ônibus e atentados contra delegacias e postos da Polícia Militar realizados no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 2006, quando 19 pessoas morreram.
Em 25 de novembro de 2010, após outra onda de violência no Rio de Janeiro, Elias Maluco e o também traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, acusados de liderar os ataques, foram transferidos para a Penitenciária Federal de Porto Velho. Em 18 de agosto de 2011, Elias Maluco foi novamente transferido, desta vez para o presídio federal de Campo Grande. Até a publicação desta reportagem, o Depen não havia informado quando o traficante voltou à penitenciária de Catanduvas, onde morreu ontem.
Em 25 de novembro de 2010, após outra onda de violência no Rio de Janeiro, Elias Maluco e o também traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, acusados de liderar os ataques, foram transferidos para a Penitenciária Federal de Porto Velho. Em 18 de agosto de 2011, Elias Maluco foi novamente transferido, desta vez para o presídio federal de Campo Grande. Até a publicação desta reportagem, o Depen não havia informado quando o traficante voltou à penitenciária de Catanduvas, onde morreu ontem.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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