Separados entre si a uma distância segura, dois alunos do 1º ano do Ensino Médio prestavam atenção nas lições do professor, na manhã de ontem, numa escola particular de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Eles eram os únicos em sala de aula. De casa, o professor transmitia os ensinamentos, que eram acompanhados pela dupla por meio de uma tela projetada sobre o quadro negro. Outros 79 alunos da mesma série também assistiam à aula, mas a partir de suas residências. Foi assim o novo normal no dia de retomada das atividades presenciais no Liceu Franco-Brasileiro, na primeira segunda-feira útil após a decisão da Justiça, na última quarta, que autorizou o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares do município do Rio.
"Vamos manter o modelo híbrido, com aulas presenciais e a distância. Retomamos as atividades em sala de aula hoje (ontem), mas ainda de forma gradativa e com apenas 30% da capacidade total de cada espaço. Professores que façam parte grupos de risco continuam lecionando de casa", disse Luciano Moraes, coordenador pedagógico do Ensino Médio da escola, que ontem teve aulas presenciais em 10 salas de um total de 28.
Não muito distante dali, realidades diferentes em outras duas escolas particulares localizadas no bairro vizinho do Cosme Velho. No Colégio São Vicente de Paulo, o porteiro Marco Amorim informou que as aulas presenciais serão retomadas no próximo dia 19.
"Todas as adaptações internadas foram feitas, com aquisição de diversos itens de segurança, como dispensers de álcool em gel e tapetes sanitizantes. Houve modificações também no interior das salas de aula. Já está tudo preparado", disse o porteiro da escola.
Já no Colégio Sion, funcionários que ontem estavam na portaria, com máscaras de proteção facial e termômetro em mãos, informaram que a unidade ainda não tem data para retomar as atividades presenciais, e que as aulas por plataforma de vídeo ainda seguem por tempo indeterminado.