Segundo a Polícia Civil, os animais são ilegalmente coletados na cidade de Marataízes no Espírito Santo e de lá são transportados para as Cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia - Tânia Rêgo/Agência Brasil
Segundo a Polícia Civil, os animais são ilegalmente coletados na cidade de Marataízes no Espírito Santo e de lá são transportados para as Cidades de Cabo Frio e São Pedro da AldeiaTânia Rêgo/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira, seis mandados de busca e apreensão de pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em tráfico de animais marinhos. A operação, nomeada de 'Poseidon', tem como objetivo prender criminosos do Rio de Janeiro e em cidades da Região dos Lagos que coletam, armazenam e vendem os animais em risco de extinção. De acordo com agentes, até o momento, duas pessoas foram presas e mais de 100 animais foram apreendidos, dentre eles, tubarões, arraiais, cavalos marinhos, e diversos tipos de corais.
Ainda segundo a polícia, os animais são ilegalmente coletados na cidade de Marataízes no Espírito Santo e de lá são transportados para as Cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, onde ficam em um depósito para então serem vendidos a lojistas de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, além da capital do Rio de Janeiro.  
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Os alvos principais da investigação são José Ricardo de Oliveira Melo e seu filho Ricardo Castro De Oliveira Melo, o 'Ricardinho'. Eles são apontados como os operadores do esquema criminoso que conta com pescadores e revendedores dos animais.
De acordo com investigações, além dos traficantes de animais, outras quatro pessoas apontadas como revendedores estão sendo alvos de mandado de busca e apreensão. O grupo extraiu diversos tipos de peixes e invertebrados marinhos dos recifes de corais, como tubarões, arraias, cavalos-marinhos, estrelas-do-mar e diversos tipos de corais ameaçados de extinção e cuja a coleta se encontra proibida por não serem recursos pesqueiros.
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A Polícia Civil informou que além do grave dano ambiental que esta coleta indiscriminada causa ao meio ambiente, outro problema é que, uma vez retirados de seu habitat e misturados a outros animais exóticos durante o armazenamento, os peixes e corais não podem mais retornar ao local de origem por conta de risco biológico ao bioma marinho.
A investigação será finalizada após a análise do material apreendido com as buscas e os animais serão depositados sob cuidados do AquaRio, onde, após passarem por quarentena, serão expostos ao público com o compromisso de estarem servindo de conscientização e educação ambiental.