Operação contra corrupção em presídios do Rio - Reginaldo Pimenta
Operação contra corrupção em presídios do RioReginaldo Pimenta
Por O Dia
Rio - O ex-subsecretário de Administração Penitenciária do Rio, Rafael Rodrigues Andrade, é considerado foragido após não ser encontrado durante uma operação do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Polícia Civil. Segundo o MPRJ, ele participava de um esquema que fraudava contratos de fornecimento de alimentos para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
A Operação Hiperfagia teve como objetivo cumprir três mandados de prisão preventiva e 71 de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa que atua no fornecimento da alimentação. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Bangu e foram cumpridos nos estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo. Até o momento, uma pessoa foi presa e foram apreendidos documentos, dinheiro em espécie, computadores e celulares. Na casa de um agente penitenciário foram apreendidos R$ 100 mil em espécie.  
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Esquema 
De acordo com as investigações, os alvos da ação integram um complexo sistema de desvio de dinheiro público, entre empresários e agentes públicos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), com o objetivo de fraudar o serviço de nutrição contínua e direcionar as contratações emergenciais para o mesmo grupo econômico.
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Ainda segundo as investigações, o grupo oferecia vantagens indevidas e firmava acordos eliminando a concorrência. Eles são suspeitos também de crimes, de peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade documental, cartel e organização criminosa.
De acordo com a denúncia, os empresários Anderson Sabino de Oliveira, Juliana Sabino de Oliveira, Marcelo Rodrigues de Souza, Anísio Gonçalves, Vagner Dantas, Sueli Monteiro Gentil, Emerson Freire Ramos, Ivo de Almeida Reis Neto, Flávia Cristina Aponte, Ricardo Barnabé, Luciano Erasmo Moreira, Ademir Pereira de Godoy, Gelson Grigoletto e Ederson Christian Alves de Oliveira, com o auxílio do então subsecretário adjunto de Infraestrutura da Seap-RJ, Rafael Rodrigues de Andrade, e da pregoeira Joelma de Arruda Silva, valeram-se de práticas como a utilização de preços inexequíveis e a formação de estruturas e redes de distribuição empresariais próprias, para fraudar o processo legal de fornecimento de alimentos no Complexo de Gericinó.
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O objetivo da organização criminosa, aponta o MPRJ, era garantir que sociedades empresárias cartelizadas fossem contempladas com os contratos de alimentação relativos às unidades prisionais, de modo que o prestador do serviço fosse alguém ligado ao grupo. Emerson é responsável pela empresa Alimentação Global Service, uma das principais fornecedoras de alimentação no Complexo, por meio de contratações emergenciais, no período anterior à realização do pregão.