Cachorro era querido no local - Reprodução
Cachorro era querido no localReprodução
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil identificou o homem que espancou e matou um cachorro com tiros na cabeça, no bairro do Fonseca, em Niterói, na quinta-feira (15). Em depoimento, ele teria assumido o crime e alegou que matou o cão pois acreditava que o animal estava doente. O nome do acusado não foi divulgado.
De acordo com o delegado Geraldo Assed, titular da 78ª DP (Fonseca), o acusado responderá o crime em liberdade, pois não houve flagrante. "O agressor será autuado por crime contra o meio ambiente e vai responder ao inquérito policial pela morte do cachorro e por posse de arma de fogo".
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Casal é alvo de ataque nas redes sociais, mas nega envolvimento
O crime causou comoção, revolta e uma onda de ataques na internet. Alvo de ameaças nas redes sociais, um casal conta que vem sendo acusado de ter cometido a agressão ao vira lata, mesmo sem que o nome do agressor tenha sido divulgado pela polícia. Os dois, que são proprietários de uma hamburgueria na região, negam o envolvimento.

"O Dolph, também conhecido como Segurança, era um cachorro que estava sempre na nossa porta e que eu e minha esposa costumávamos alimentar e já acolhemos para dar lar temporário em nosso apartamento. Eu, Victor, não matei o Dolph! Não sabemos quem criou essa história nos incriminando, mas estamos indo atrás e vamos achar! Já sofremos, já choramos, estamos recebendo ameaças na nossa página, na nossa casa. Até fogo dizem querer colocar aqui. E tudo isso de forma irresponsável, por conta de mentiras criadas", disse Victor Petersen.

Por conta das ameaças recebidas, os comerciantes decidiram manter a hamburgueria fechada para garantir a segurança dos funcionários que, segundo eles, estão sendo hostilizados.

"Uma pessoa chegou a ir até a minha loja com uma faca e eu me assustei. Começaram uma campanha de acusação contra mim, uma campanha de linchamento e cancelamento do meu negócio. As pessoas estão espalhando boatos e acho isso inconsequente, ninguém quis me ouvir", conta o empresário.

Abalada, Vivian Maia, disse estar assustada e enfatiza que se alguém confessou o crime, não foi o marido. "Fomos alvos de fake news e estamos buscando apoio jurídico, fomos pegos de surpresa. De repente começamos a receber comentários agressivos e com ameaças. Não estamos saindo de casa e estamos com medo, até mensagens de ódio de outros países recebemos. Se alguém confessou que matou o Dolph não foi o Victor. Querem condenar alguém e nesse caso meu esposo foi pego para Cristo".