A deputada federal Flordelis é acusada de ser a mandante na morte do marido - Estefan Radovicz / Agência O Dia
A deputada federal Flordelis é acusada de ser a mandante na morte do maridoEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Brasília - A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decide nesta terça-feira (27) se envia o caso da deputada federal Flordelis dos Santos (sem partido) ao Conselho de Ética. A parlamentar é acusada de orquestrar a morte do próprio marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo, em junho de ano passado, em Niterói.

A deputada pode ter o mandato cassado e ser presa pelo crime. Cinco filhos e uma neta de Flordelis estão presos pela morte do líder religioso.

A deputada segue em liberdade, mas está sendo monitorada por um tornozeleira eletrônica.

A reunião da Mesa Diretora será na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele e mais seis integrantes titulares, além de quatro suplentes, decidem o futuro de Flordelis.

Numa primeira discussão, os deputados analisam o parecer do corregedor da Câmara, o deputado Paulo Bengtson (PTB-PA). A aprovação do parecer não precisa de maioria absoluta.

Se o processo prosseguir, a análise no Conselho de Ética não será imediata. Por conta da crise sanitária, devido a pandemia do novo coronavírus, o colegiado está parado desde março.

INVESTIGAÇÕES

Depois de um ano e dois meses de investigações, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio concluíram que a deputada foi a mandante da morte do próprio marido. Flordelis nega as acusações e se diz vítima.

Na primeira fase da investigações a polícia prendeu Lucas Cézar e Flavio dos Santos, filhos da deputada. Flavio é acusado de matar o padastro e Lucas de intermediar a compra da arma usada para matar o pai adotivo.

Na segunda fase, três filhos e uma neta de Flordelis acabaram presos. A polícia ainda prendeu uma mulher, esposa de um ex-policial militar, por colaborar na confecção de uma carta onde Lucas assumia a autoria do crime e incriminava um dos irmãos, o vereador de São Gonçalo Wagner Pimenta, conhecido como Misael. Flordelis só não foi presa por ter imunidade parlamentar.