Publicado 12/10/2020 00:00 | Atualizado 12/10/2020 13:48
Abram alas que o mundo do samba pede passagem nas eleições municipais. Várias personalidades estão tentando um espaço na política em um cenário de incerteza em relação à data do Carnaval 2021,com elevada expectativa quanto à vacina para a covid-19. Isso sem contar nas agremiações e seus componentes que enfrentam inúmeras dificuldades financeiras de longa data. No bate-papo com alguns desses postulantes que contam um pouco a história do Carnaval, a maioria ouvida pela reportagem nega que a decisão de entrar para a política tenha sido influenciada pelos recentes acontecimentos, mas mostra estar afiada quanto às necessidades da população.
Raissa de Oliveira
Quinho
Presidente Tê
Nilce Fran
Ruan Lira
Formado em Relações Internacionais, Ruan Lira é outro nome ligado ao universo da folia, que está tentando uma vaga como vereador da cidade do Rio de Janeiro. Entusiasta do Carnaval e ex-secretário estadual de cultura e economia criativa, Lira tem projetos que envolvem geração de emprego, capacitação profissional, retomada do projeto de educação do Sambódromo e eventos no Terreirão e na Cidade do Samba. “Acredito que sei como melhorar nossa legislação em prol das vocações naturais da cidade e fiscalizar a prefeitura para que a gestão pública seja eficiente”, defende ele, aos 32 anos.
“Fui, sou e sempre serei a favor do Carnaval. É uma das cadeias produtivas da nossa cidade que mais gera emprego e renda ao longo do ano. Só em 2020 foram 3,8 bilhões de reais movimentados no Rio. Adiar o carnaval em 2021 foi prudente e sensato. Saúde em primeiro lugar. Porém, acredito que podemos ter esse Grande evento até o meio do ano, uma vez que é fundamental para nossa economia, para os milhares de trabalhadores que dela dependem e para o comércio que aumenta bastante suas receitas. Enquanto isso, temos que ter o apoio do setor público, setor privado e sociedade civil para ajudar quem não está podendo trabalhar. Carnaval não é gasto, é investimento em desenvolvimento humano, econômico e social”, argumenta.
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