Os cinco detidos na Baixada foram levados para a Polinter Reginaldo Pimenta
Por O Dia
Publicado 14/10/2020 06:51
Rio - Policiais Civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) deflagram nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira  a "Operação Baú" para cumprir sete mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis diretamente de dutos da Petrobras atuante em municípios da Baixada Fluminense.
Ao todo, seis pessoas foram presas. O delegado responsável, André Eiras, disse que as investigações continuarão para prender o sétimo suspeito de participar da quadrilha, que está foragido. O titular da DDSD também informou que um desdobramento da operação de hoje investigará o mercado de recepção de combustível furtado.
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Entre os presos, um homem também foi autuado em flagrante por sequestro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo. Ao ser abordado pelos agentes para o cumprimento do mandado de prisão, ele fugiu para uma casa próxima e fez uma família refém, mas acabou capturado.
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A operação - batizada de Baú - recebeu o nome em razão da inovação utilizada pelos criminosos, que em vez de transportar os combustíveis furtados em caminhões tanque, utilizavam-se de isotanques adaptados instalados no interior de caminhões do tipo baú, buscando dissimular o produto furtado, ludibriando fiscalizações durante o seu transporte.
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O delegado responsável pela investigação diz que a organização criminosa era bem delineada tanto na liderança, quanto no papel que cada membro exercia. "Uns eram responsáveis pela execução do furo, da escavação, outros eram responsáveis pelo armazenamento, pela direção do caminhão, outros por fazer a função de batedor", explica André Eiras na Cidade da Polícia.
Durante as investigações da DDSD, chamou a atenção dos policiais a utilização de armas de fogo pelos criminosos, com o intuito de garantir a integridade dos mesmos durante a perfuração de dutos da Petrobras, além de batedores, que vinham a frente do caminhão baú com os combustíveis furtados, para avisar aos demais integrantes da organização criminosa sobre a presença de policiais na estrada.
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O delegado conidera que a quadrilha foi desarticulada e diz que as investigações continuarão para prender o sétimo suspeito, que está foragido. André Eiras também disse que a DDSD vai desdobrar a investigação para identificar os compradores deste combustível. "Há um mercado muito grande que recepta este tipo de combustível furtado", comenta.
Cinco dos presos da Operação Baú foram detidos na Baixada Fluminense e um deles, em Búzios, na Região dos Lagos. O crime do desvio de petróleo era realizado em Japeri, explica o delegado. " O crime aconteceu de fato em Japeri. Eles estavam pulverizados. O setor de inteligência fez um levantamento prévio e conseguiu prender cada um em seu endereço", diz.
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O prejuízo estimado causado pela organização criminosa chega a R$ 1 milhão, somente com combustíveis subtraídos. Soma-se a isso incomensuráveis prejuízos ambientais, como derramamento de petróleo no solo e riscos de explosão, colocando em risco de morte um grande número de pessoas; além de graves problemas operacionais, como a paralisação do fluxo de transporte de combustível e a necessidade de realização de obras para recomposição dos dutos perfurados.

Entre os presos, um homem também foi autuado em flagrante por sequestro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo. Ao ser abordado pelos agentes para o cumprimento do mandado de prisão, ele fugiu para uma casa próxima e fez uma família refém, mas acabou capturado.