Publicado 30/10/2020 08:58
Rio - Funcionários invadiram o Hospital Federal de Bonsucesso na manhã desta sexta-feira, durante um protesto pela reabertura da unidade, fechada há quatro dias por conta do incêndio que deixou três vítimas fatais. O ato estava inicialmente marcado para a porta do hospital. A Polícia Militar precisou entrar para conter os manifestantes.
Os manifestantes defendem que os atendimentos aos pacientes continuem nos outros setores onde o fogo não atingiu. A Defesa Civil faz vistoria no local nesta sexta-feira, após o trabalho de rescaldo do Corpo de Bombeiros.
"Nós estamos aqui na porta do hospital porque já estão rolando documentos oficiais solicitando o remanejamento dos funcionários, além da informação de que o hospital vai ser fechado. Mas não foi mostrado sequer o laudo dizendo o que vai acontecer com o prédio. Nosso RH está sendo desmontado e nosso temor é que esse serviço desapareça para a população do entorno. Nenhum hospital do Rio de Janeiro é capaz de absorver a nossa demanda. É uma luta da comunidade toda", afirmou Luciene, auxiliar de enfermagem do Hospital Federal de Bonsucesso. "Tem um corpo clínico lá dentro e estaremos aqui fora, pacificamente, pedindo a participação da comunidade de funcionários nesse processo", completou.
Pacientes do HFB ainda tentam atendimento nesta sexta-feira, mesmo com a informação de que as consultas foram canceladas. Quem tinha consulta marcada será remanejado para outras unidades. Na quinta-feira, o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) esteve no Hospital Federal e defendeu que a unidade não seja interditada e continue com atendimentos, na medida do possível.
"O Cremerj defende a assistência aos pacientes daqui. O HFB deveria permanecer funcionando. O hospital é grande o suficiente para receber os pacientes, especialmente os que vêm de fora da capital receber atendimento aqui", defende o diretor do Cremerj, Flávio Antônio Sá Ribeiro.
Sá Ribeiro diz que o Cremerj acompanha tudo que está sendo feito e que aguarda relatórios dos Bombeiros e da Polícia, além de um documento feito pelo corpo clínico do HFB. "Vamos nos reunir e tomar atitudes pra manter hospital aberto", afirma
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