Boca de urna é uma prática proibida nas eleições - reprodução/Internet
Boca de urna é uma prática proibida nas eleiçõesreprodução/Internet
Por O Dia
Rio - Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), desembargador Cláudio Brandão de Oliveira enxerga a forma com que as eleições municipais transcorreram um sucesso. Em entrevista coletiva após o fechamento das urnas, o magistrado destacou a quantidade de ocorrências a partir de um levantamento parcial da corte, que aponta 24 ocorrências neste domingo, sendo 22 detenções. Entre elas, sete eram de candidatos a vereador.    
"As eleições transcorreram de uma forma absolutamente tranquila e, para a situação que nós tínhamos algum tempo atrás, é possível hoje afirmar que foi um sucesso a eleição aqui no estado do Rio de Janeiro" disse Oliveira, que completou: "O que ocorreu foi muito pouco para uma eleição dessa magnitude".
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O desembargador comentou o planejamento feito pelo TRE-RJ para as áreas que são dominadas por milícias. "Houve um planejamento muito intenso em relação a isso, já que esse ano nós não solicitamos o auxílio das Forças Armadas. Todo o planejamento que foi feito foi cumprido. Não há nenhum registro de violência maior. A gente vai ter problema de ocorrência policiais, mas nada que ultrapasse o que normalmente acontece nesse período", afirmou.
A maior parte dos candidatos detidos neste domingo foi sob acusação de boca de urna e compra de votos. Alexandre Martins (Republicanos), em Búzios; Beto Ribeiro (Avante) e Sapão (MDB), em Santa Maria Madalena; Edemílson da Mota (Solidariedade), em Natividade; Sargento Flavio da Banca (PT), em São Gonçalo; Rodrigo Guimarães (PSB), em Petrópolis; Dayse Alexandre Neves (PL), candidata à prefeitura de Paraíba do Sul. O TRE não divulgou o nome do candidato detido em Teresópolis.
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Apenas 546 urnas foram substituídas no estado, o que representa 1,75%, de acordo com dados do TRE-RJ. Oliveira explicou que, apesar do número ser baixo em relação ao total de urnas, é um pouco maior do que nas eleições passadas. O desembargador afirmou que isso aconteceu por não ter uma nova licitação para a compra de novas urnas por parte do TSE. 
"A licitação para aquisição de novas urnas foi conduzida pelo Tribunal Superior Eleitoral e, por problemas relacionados ao procedimento em si, não foram adquiridas novas urnas. Alguns estados da federação tiveram que ceder para outras. Foi o que aconteceu com o estado do Rio de Janeiro. E também as urnas mais antigas deixaram de ser utilizadas", disse.