Renan Ferreirinha visitou Central de Armazenamento de Materiais relacionados à Covid, em Manguinhos - Mauricio Bazilio / SES
Renan Ferreirinha visitou Central de Armazenamento de Materiais relacionados à Covid, em ManguinhosMauricio Bazilio / SES
Por O Dia
Rio - Na próxima segunda-feira, a Secretária de Estado de Saúde do Rio terá um cronograma de distribuição dos equipamentos e medicamentos comprados para os extintos hospitais de campanha. Entre eles, além de vestuário e mobiliário, há 120 respiradores, 225 camas, 80 desfibriladores, 281.800 máscaras de proteção individual, 12.600 cateteres, 625 aparelhos de pressão, 68 cadeiras de rodas, 23.053 doses de adrenalina, 19.858 caixas de 10ml de insulina, 53.458 sacos (de 100ml e 500ml) de soro (fisiológico, glicose, manitol e ringer com lactato), além de 185 computadores, 178 monitores e 64 impressoras.

A informação é do deputado Renan Ferreirinha (PSB), que visitou, nesta quarta-feira, a Central de Armazenamento de Materiais relacionados à Covid, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio. Como relator da Comissão da covid-19, da Alerj, Ferreirinha, cobrou do governo do Rio a lista de todo o material comprado para os hospitais de campanha que não foi utilizado. Só conseguiu hoje, na visita ao depósito, acompanhado pelo secretário Carlos Chaves, que assumiu a SES no final de setembro.

"Sempre pedimos esse inventário. Nunca nos foi dado. Agora que sabemos o que, de fato, está nas mãos do Estado, vamos cobrar para que cheguem aos hospitais, para que sejam usados para atender à população. Assim que o cronograma de distribuição ficar pronto, vamos fiscalizar cada passo. Neste depósito que visitei hoje há material suficiente para salvar centenas de vidas. E encontramos também remédio vencido. Erro do Iabas, da empresa que vendeu e da que distribuiu. Pois esses medicamentos foram comprados em março, e a validade era junho de 2020. Um absurdo completo", afirma Ferreirinha.

O parlamentar ouviu de Chaves a informação de que o material estocado já está sendo distribuído. Primeiro, a SES está entregando aos hospitais o acervo guardado no Maracanã, oriundo do extinto hospital de campanha montado no completo esportivo. Lá, há ainda 48 ventiladores pulmonares, 113 monitores multiparâmetro, 21 oxímetros, 19 orcadiógrafos, 15 balanças antopométricas, 12 bombas infusoras, 6 cardioversores e 5 câmaras de conservação.

"Assim que distribuir o que está no Maracanã, a SES vai entregar aos hospitais o material armazenado no depósito de Manguinhos. Esvaziar o Maracanã é importante, pois irá acabar com o custo de armazenamento e manutenção do depósito de lá. Estamos ouvindo relatos de que os casos de covid estão aumentando, e a nossa rede precisa estar preparada para atender à população. Somando os respiradores que estão em Manguinhos com os ventiladores que estão no Maracanã, temos 168 equipamentos úteis à população. Não podem ficar parados. Por isso, seguiremos fiscalizando a Saúde e o destino desses equipamentos, insumos e materiais", garante Ferreirinha.