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Todas as cores do mundo: ensaio fotográfico mostra que a beleza dos tons é plural

"Em nossas vidas e conexões, cabem todos os tons. Nossos elos não precisam ser monocromáticos. Somos melhores como seres vibrantes, escolhendo viver em harmonia com o colorido do mundo"

Por ANA CARLA GOMES
Nos seus mais diferentes níveis, as cores fazem parte das nossas vidas antes mesmo de chegarmos a este mundo e termos opção de escolha. Quando nascemos, já encontramos uma convenção de que o rosa está ligado ao universo feminino e o azul, ao masculino. Uma limitação, já que, com o passar dos anos, uma cartela enorme de opções para o vestuário será revelada na nossa trajetória.
As cores também se apresentam para nós em rituais: o branco é reservado à noiva no casamento e também para pedir paz na virada do ano; o verde simboliza a esperança... Os tons, em seus mais diferentes níveis, ganham ares poéticos, para nos lembrarem de quem já partiu. E, de certa forma, dar vida até mesmo a uma recordação dolorosa. Como os painéis, pinturas e até um jardim em Paris, em homenagem à vereadora negra Marielle Franco, executada a tiros junto com o seu motorista Anderson Gomes, no Rio. Ela, que desfilava com turbantes coloridos na cabeça, é um símbolo de que todas as cores de pele pulsam igualmente. Em inteligência e força.
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Em nossas vidas e conexões, cabem todos os tons. Nossos elos não precisam ser monocromáticos. Somos melhores como seres vibrantes, escolhendo viver em harmonia com o colorido do mundo. É só enxergar à nossa volta. Os azulejos do belo monumento arquitetônico da Escadaria Selarón, na Lapa, estão ali para mostrar que as cores são belas quando unidas. Assim como os painéis do Kobra, na região portuária do Rio, mostram, com a sua vivacidade, a força das etnias.
Na hora de se vestir, de usar um acessório ou até mesmo para escolher um item para casa, imagino que todos tenham a sua cor predileta. O amarelo, por exemplo, sempre me remete ao sol e ao seu poder de renascer e se mostrar a cada novo dia para a gente. Já na pandemia, passei a olhar muito para o céu, que, aliás, tem a cor de que a minha irmã, Alessandra, mais gosta. E tem até uma música, famosa no vozeirão de Tim Maia: “Mas quem sofre sempre tem que procurar/Pelo menos vir achar/Razão para viver/Ver na vida algum motivo pra sonhar/Ter um sonho todo azul/Azul da cor do mar”.
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Refletindo sobre esse enorme mar de cores, me veio à memória todo o fascínio do arco-íris. Aquele multicolorido no céu forma um espetáculo que nos confere alegria e nos deixa boquiabertos. Fenômeno raro, como se as cores se guardassem e se reunissem lá no alto em ocasiões especiais.
Falando em colorido, acho lindo quem ousa e aposta num visual assim, como a consultora de estilo Roberta Freitas. Ou como a Marielle e seus turbantes. No fim das contas, podemos pintar nosso mundo particular com vários tons porque a beleza das cores será sempre plural.



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